Sem voz nenhuma.
Com a família olhando sentia tanta vergonha que saiu de perto dele, lembro-me bem. Depois só o viu por de trás daquela cerquinha e levou um susto, porque sempre levava quando percebia que ele a olhava há mais tempo do que ela percebera. Ela não gostava daquele olhar, mas os olhares dele, mesmo que ela dissesse para que não olhasse daquele jeito, era sempre igual aquele. Talvez, ele não tivesse muita culpa se tinha olhos de despedida. Seus olhos eram mansos, meio emaranhados, meio tristes, vividos e profundamente alegres por apenas vê-la, e ela estava dançando com um vestido branco e uma flor na cabeça. Ela levou um susto, como eu dizia, se irritava ao perceber que estava sendo observada a mais tempo que quando reparara a observação, e brigou com ele como de costume fazia para disfarçar a vergonha, o susto, e arrancar um sorriso e um balançar de pernas dele. Ela continuou a dançar, apesar de saber que ele queria obviamente que ela viesse ao seu encontro. Ele olhou-a fixamen