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sábado, 27 de outubro de 2012

Você tem medo de que?




Essa sou eu, fã de zumbis de carteirinha!  E fantasiada e preparada para ir ao halloween do CNA. 
Foi a fantasia mais barata, até agora, da minha pequena vidinha. Só precisei de improviso, tinta guache preta e vermelha, algodão, cola, pincel e minha própria maquiagem.






O que você pode fazer para melhorar a performance:

-Um zumbi tem cara de fome, aproveite na hora das fotos ou desfile pra ficar mais tenebroso (:
-Um zumbi não pensa no que os outros estão pensando, ele é instintivo. ;)
-E lembre-se um zumbi não tem medo de nada! Pois ele está morto e vivo ao mesmo tempo...rs













Pra não perder a feminilidade, usei barriga de fora -coisa extremamente inédita na minha vida, pois não faz meu estilo.- e pra manter o foco, fiz uma ferida bem curuba, claro! ;)


Usei uma meia preta velha que estava com um rasgado e na outra perna uma meia arrastão cor de pele, as botas horríveis são da minha irmã rs que estuda zootecnia e precisa entrar no mato com elas de vez em quando.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Malditas castas literárias




   Tenho vergonha das CASTAS LITERÁRIAS que criaram para determinar que tipo de leitores somos. Se um livro me despertar a curiosidade, eu leio. Se alguém que eu conheça me falar que é bom, confio e leio também. Mas se alguém fica envergonhado, e me diz meio sem graça que é bom, mas que ninguém precisa saber, eu grito! Não acho justo termos vergonha de dizer do que gostamos de ler, não acho justo na verdade termos vergonha de dizer o que lemos, só porque alguém importante disse que é clichê. 
   Até quando vamos ter medo de ser tachados por algum estereótipo estúpido em nossas miseráveis presenças, só porque alguém “lá de cima”, e que ninguém conhece, mas sabemos que está certo por alguma razão (que ninguém conhece de novo), de que quem ler ISSO é AQUILO?
  Perceba como é ridículo sermos etiquetados DISSO por AQUILO... não me parece justo, ser mais inteligente ou mais burra por causa do livro que carrego na bolsa. Ou gostar facilmente de um livro é natural ou existe um grande problema com a nossa queda literária. E daí se o Best Seller são para os bestas quadradas? E daí se os clássicos são para os chatos? E quem determinou que isso e aquilo significa aquilo e esse? E se a novela é do livro, ou o livro é do filme? Eu quero saber é se é tão bom que a curiosidade lateja e não conseguimos parar de ler e nem prestar mais atenção a realidade monótona e sem ficção. Eu quero saber é se me tornei uma pessoa melhor ou aprendi alguma coisa a mais sobre mim mesmo, meu péssimo gosto ou quem sabe da vida, num simples passar de páginas.
 Tenho vergonha das CASTAS LITERÁRIAS que criaram para determinar que tipo de PESSOAS nós somos. Sou contra tudo que me reprima, me envergonhe ou queira me determinar por inteira. De maneira alguma vou permitir que me levem pra fogueira, por causa dos livros que eu escolhi ou gostei por vontade própria. Isto é, sem recomendações de críticos ou gente que aplaude. Aposte na ideia do que você realmente sentiu quando leu algo, sem comparações, sem preocupação. Depois procure saber as críticas, o que é que eles pensam a respeito, também é importante avaliar o que você perdeu, também é importante não concordar ou sabotar sua própria interpretação. Só não fique com MEDO, por favor!
Ter medo de dizer o que te prendeu de verdade é tão ultrapassado quanto o medo de ler algo e acreditar no que se leu. O medo de ler algo e querer mudar e praticar o que se leu, o medo de ler algo e fechar o livro completamente diferente do momento em que o abriu. Coragem! Pois todo medo é sempre um caso a ser pensado como uma forma de desejo, escondida, petrificada, curiosa e mal assombrada de nossos castelos.  
          Em algumas hipóteses, algumas coisas que lemos até pode dizer algo sobre o que somos, mas e se lermos temas variados? E se lermos filosofia e depois pornografia? E se lermos auto-ajuda e ainda assim gostarmos de ficção científica? E se decorarmos um clássicos e contar os best sellers? Onde é que vamos caber? Como é que podem nos moldar? O que é que o tipo de livro vai nos dizer? Nem tudo que lemos vai dizer exatamente tudo que somos, tudo que acreditamos, tudo que manifestamos ou tudo que queremos e esperamos. A melhor parte de todo o medo e a coragem de se ler é experimentar, termos a audácia e curiosidade de dar uma olhada, ter a capacidade e a vontade de saber do que se trata. Nosso gosto literário não deve sentir vergonha de nada! Para uns gosto é fase, para outros gosto é tradicional, não tenhamos medo de dizer, de ler por prazer, de ler por humor e também por responsabilidade, ler não é proibido, pois então enfrente essa soma de palavras, faça resultados! O nosso tempo é muito curto e nossa vivencia não suficiente, em algum momento da vida tudo ainda que não podemos entender ou que estamos completamente envolvidos ou precisos, de alguma forma...lendo, significa não se conformar, procurar, enxergar o que não se pode ver sozinho.

(Fê adora Sidney Sheldon)