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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Da crase pro sonho pra chuva pra lá


Cheguei em casa me arrumei toda, e para o "capítulo das crases" me apresentei.
Lhe dei até muito do meu tempo, depois resolvi alguns exercícios e dormi.
Sonhei algo estranho... os personagens do progama Chaves estavam envolvidos no meio de uma situação escura e misteriosa do sonho, (a quanto tempo não vejo Chaves?)
Quando dormi olhei no celular a hora, eram 14:37,quando acordei assustada pelo barulho da chuva olhei no celular e eram 15:37 (pensei: 37 de novo! Incrível não?)
Fechei a janela, fiz algo para comer e caminhei até lá fora para ver a chuva dançar...
Meu deus! Quanto tempo não reparo na chuva! Aonde estou?
Chuva! Aqui! Coisa tão rara de se ver, tão bonita! e tão participadora de grandes estórias engraçadas de todas as etapas do pouco que vivi, eu a escuto agora, eu a tento ouvir agora, ela continua tendo aquelas mudanças rápidas de humor, continua tendo discusões sérias com o telhado, (não falo de goteiras, falo do impacto) tão sérias que às vezes o barulho é meio intimidador, agora ela pára lentamente e eu sei que se ela for a mesma de sempre vai embora rápido, sem dar tchau, como se fechasse a porta e sumisse do meio da rua pra lá...

domingo, 28 de setembro de 2008

Observar ensina.


Em relação aos demais conhecidos eu sou uma daquelas pessoas que gosta de ficar sozinha, conversando consigo mesma direta ou indiretamente, analisando minhas falas depois de faladas, as interpretações, o que pode ser entendido e às vezes não querer analisar nada! E falar "A" sem se importar se vão entender "B", ou falar sem cerimônia, o que muito me destaca. Ficar sozinha faz bem? Acho que faz, se na medida certa. Lembrando que espontaneidade não siginifica ser grossa.
Quando nos isolamos demais, depois temos uma certa tendência viciada de não se comunicar muito, por isso tudo no exagero tende a um fim trágico.
Acho que sem meus olhos eu pouco seria, eu os uso muito! Adoro observar! De pessoas a animais, de àrvores a prédios, de ruas a céu.
O melhor é que graças a esses olhos cheios de experiências entretanto calouros, pude adquirir uma ótima inteligência intrapessoal.
(Momento narcisa agora).
Eu agradeço a quem por isso? A mim por ter visto? Ao que vi? Ou ao universo?

domingo, 7 de setembro de 2008

Dentro do vaso morava um velho.

Aproveitando o embalo das lembranças que andam aparecendo na minha memória, vou contar a estória do velho do banheiro.
Um dia "incuti" que no banheiro da sala, existia e morava um velho, o qual eu chamava de "o véi do banheiro". O velho trajava tipo uma bata preta de padre, era careca e vivia sempre molhado, ele vivia dentro do vaso sanitário e saía às vezes, abrindo a tampa devagar, para fazer não sei o quê... mas saía, às vezes, levava pessoas com ele para dentro do vaso, ou enganava os que por perto do banheiro passava dizendo haver algo de errado no banheiro e assim os capturava...eu realmente não sei de onde tirei isso, mas sei que acreditei nessa neura criada, e a partir disso, tive pesadelos, tive companhias para ir ao banheiro comigo, tive receio de passar perto do banheiro, tomava banho de porta aberta, luz nunca desligada, e desligá-la só se fosse na correria...o próprio barulho da descarga era assustador ouvir, é como se ele estivesse chegando, e eu é que não ficava ali para dar as recepções (risos). Um dia lembro que a Duda percebeu que eu sempre passava correndo para a sala de música, (por causa do caminho, tinha que passar perto do banheiro da sala) e me perguntou: "Porque você passa correndo?"...não sei pra quê eu respondi! A Duda zuava todo mundo (kkkkk) e era a prima fortona e mandona, riu do começo ao fim, e logo me
engalobou, quando vi estava sendo arrastada a força pra dentro do banheiro, (hoje acho graça, mas naquele dia kkkk...) gritei e a mamãe logo apareceu e brigou com ela. Duda riu, disse que aquele "véi" não existia, Mamãe também riu, e eu mesmo sabendo que era um velho criado senti medo mesmo assim e chegava até a pensar "elas não sabem mas eu sei que ele está lá", era como se eu fosse obrigada a ter medo, imaginação talvez não seja tão bom assim (risos) não para crianças que chegam a comprometer o juízo pelas invenções.

Essa neura foi criada em 1999, eu tinha 9 anos, nesse final de ano fomos passar a virada do ano 1999 para 2000 em São Luís, íamos conhecer o mar nesse ano! Fomos Papai, Mamãe Nina e eu (Eduardo e Lucas nem existiam ainda) nossos parceiros foram Tia Idelita e as filhas, a Duda e a Paula.
Ok, por que intrometi essa viagem no meio? Porque um dia desses não me lembro quem me disse, mas me disseram que uma vez lá no hotel em São Luís eu não tive coragem de ir ao banheiro outra vez, e Nina disse: "? Mas o véi do banheiro não está aí ele ficou em Araguaína lembra Nanda!?" e eu respondi: "Pelo contrário! Ele veio pelos encanamentos do Tocantins ao Maranhão atrás de mim!"
Deu pra notar o quanto eu mesma me botava em situações de risco? Ainda bem que a gente cresce!

Embaixo da minha cama nadavam-se baleias.

Pensa em uma pessoa que "penava" com o poder que ela tinha (imaginação)...
-Eu!
Era tanta imaginação, que me lembro que um dia, acordei de um sonho fantástico, de supetão! Foi tipo, pular em um trampolim (e eu pulava mesmo no sonho) e na hora que eu chegava perto da piscina...abri meus olhos!
No sonho era uma confusão, de água, escorregador,baleia, a cor azul, etc...logo me lembrei que era sábado, o quarto estava claro, não sei como ainda me lembro desse dia, (gente! essa estória é do tempo que eu estudava de tarde!) eu estava aconchegante, acordei divertidamente bem, mas não tinha coragem de me mexer, só os olhos e os ouvidos. A cortina da janela estava iluminada, tinha um barulho de mangueira ligada molhando plantas lá fora, e a Nina (sempre 30 cm afastada de mim) dormia como um...como ela mesmo! (risos) o quarto estava friozinho pelo ar condicionado a pouco horas desligado, o lençol estava até meus ombros, (eu sempre debaixo dele por inteira, naquela época eu não me atrevia a deixar nenhum membro de mim para fora do lençol) enfim, o quarto estava CLARO! Porque não desci da cama e simplesmente fui ver a Júlia (funcionária antiga, que nos criou praticamente!) e tomar meu leite com toddy? Simples! Subitamente uma paranóia pousou na minha cabeça, daí se eu me levantasse da cama, uma enorme baleia sairía debaixo dela, uma enorme baleia azul! (do sonho!) aquela paranóia apareceu do nada, e tomou conta de mim, me perguntei então: "Mas isso não foi no sonho fê?" e me respondia "Mas vai saber...e se sair mesmo uma enorme baleia azul daqui debaixo!?" e esperei Nina acordar. Quietinha.

sábado, 6 de setembro de 2008

Mamãe me contou...

Que quando eu terminei de assistir o filme da Bela e a Fera
em um descontentamento perguntei a ela:
-Porque ele se transformou em prícipe?
Mamãe então explicou toda a estória da bruxa, do feitíço e
da rosa vermelha, eu disse então:
- Mas ela não gosta dele?
Mamãe respondeu que sim e perguntei:
-E porque ela deixou ele ser príncipe?
Mamãe não respondeu. Realmente Bela, você me desapontou.

Volto a afirmar que filhos de Srta*Fê não lerão nem assistirão contos de fadas.

Pré escolar FIM - Pinto melhor.

Patrick era um garoto bem moreninho que pintava super bem todos os desenhos que Mariza passava, por causa disso, os meninos o admiravam e as meninas eram apaixonadas por ele, eu também.
Quando ele terminava um desenho todo mundo corria pra mesa dele, e falava: "Ólhaa..."
Como eu gostava dele, um dia resolvi sentar do seu lado, e nesse dia a professora nos deu um pato para pintarmos, peguei o lápis amarelo e fortemente pintei o pato, depois pintei o bico do pato de vermelho e os pés de laranja, tudo muito forte (sempre escrevi e pintei quebrando as pontas dos lápis), por fim, terminei aquele desenho e quando coloquei meu nome vi o que tinha feito, ficou MUITO bonito aquele pato. Patrick que estava do meu lado logo reparou no pato e tirando os desenho das minhas mãos violentamente, disse: "Você copiou do meu!" respondi que não e peguei o desenho de volta, resolvi me sentar então atrás dele do lado das meninas que admiraram meu desenho, sem Patrick perceber fui reparar no desenho dele para descobrir se estava bonito como sempre, o pato dele também era amarelo, o bico e os pés alaranjados, eu disse para mim mesma "Eu não copiei nada, esse menino é doido."
Os desenhos dos outros colegas eram pintados brutalmente, eram patos rosas, roxos e até azuis, de repente Patrick começou a rotular os desenhos da fila em que eu me encontrava horizontalmente, dizia para o pato roxo mal pintado: "Bonito" (e eu pensava: Bonito?) depois apontou para o pato azul e disse o mesmo, depois para o verde todo rabiscado e disse outro "Bonito!", até que chegou na minha carteira, apontou para o meu desenho e disse:"Feio!" Foi aí que eu percebi que eu pintava super bem, que eu podia ser muito melhor que ele, e que meu desenho o fez sentir-se ameaçado. Não gostei mais dele.
Muitos dias e desenhos depois fui considerada a menina que melhor pintava desenhos na sala, e ele o menino.

Pré-escolar I - Amor ao parque

Eu estudava em uma escola chamada Dair José Lourenço, eram poucas crianças na sala a maioria dos alunos nas classes era meninas, era uma escola simples, tinha um parquinho de areia branca, uma casinha com aqueles escorregadores e balanços em baixo, um pé de manga enorme no meio desse parquinho, entre outros briquedos sem graça...a disputa mesmo era pela casinha do parque. Quando eu chegava cedo na escola, ía para o parquinho, quando era hora do recreio... ía para o parquinho! Quando era sexta-feira tínhamos apenas os horários antes do recreio e depois a esperada "RECREAÇÃO" onde eu também ía para o...parquinho!
Todos da escola amavam o parquinho! Era lá que todo mundo se encontrava quando chegava cedo na escola ou depois de comer no recreio. Me lembro de muitas vezes que eu chegava cedo na escola e ficava sozinha naquele parquinho acariciando aquele pedaçinho de "musgo verde" no tronco do enorme pé de manga, que olhando bem... parecia ser o teto do parquinho. Depois esperava ver o aparecimento de cada criança ali, cantando músicas da Angélica e balaçando bem alto, e me achando por ter chegado primeiro que todos (Me pergunto agora: Por que será que crianças tem orgulho de serem as primeiras a chegarem nos lugares?).
Eu fazia o Pré, a sala do pré tinha uma porta de vidro de listrinhas relevo com grades cinzas, isso deixava a vista do parquinho embaçada.
Um dia choveu, e a professora Mariza não deixou ninguém ir para o parquinho, ficamos revoltados porque a professora da 1 série deixou eles irem e a nossa não, Mariza então disse:
"Deixem eles no parquinho, vocês não vão ficar doentes por minha permissão. Um dia eles vão enjoar do parquinho e vocês também! Mas como eles são mais velhos, irão enjoar primeiro e então o parquinho será de vocês por algum tempo...(deu uma pausa) até vocês enjoarem também."
Nunca mais esqueci isso, e lembro que olhei para a porta na qual vi aquela imagem embaçada do parquinho e disse em voz baixa para mim mesma:
"Jamais vou enjoar de parquinhos."




(Eu ainda gosto de parquinhos.)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Enrustidamente é até bom.

Bastou um telefonema, e tudo de ruim passou, não sabia que era saudade, talvez até soubesse, mas admitir para o consciente é difícil. Na verdade nunca levo esses "sentimentalismos muito comentados" a sério, álias, faço piada sobre sentir e dizer.
No caso, um telefonema de mamãe, que nos abandonou viajou para Brasília no dia 28 de agosto para realizar um objetivo e sonho de carreira: fazer a temida e sonhada prova do mestrado. O engraçado, é que toda vez que ela decidia fazer a prova do mestrado algo a impedia, ou melhor! Alguém..., a primeira vez que decidiu ficou grávida do Eduardo (dudu) e a segunda vez que decidiu, ficou grávida do Lucas.
"Não era pra ser." Pensávamos. Agora foi! Ficou em segundo lugar, está mais feliz do que nunca, e se sentido feliz da vida por ter estudado e passado! (Eu também fiquei orgulhosa!)
Confesso que estou impressionadissíma como, apenas ouvir a sua voz já coloriu o preto e branco do resto do dia.
Para clarear melhor meu mundo comigo, não é só isso (saudade), é isso e mais uma série de questões na minha cabeça, como "estudar mais", "será que estou esocolhendo certo", "estou com sono", "não posso emagrecer", "ser o não ser", "dizer ou não dizer", "minhas unhas encurtaram", "porque as pessoas são assim" etc...
E o tempo passa. Os sorrisos brotam. Mas as questões não desaparecem e nem vão, porque eu nunca paro. Preocupação sempre foi uma coisa que eu não soube explicar bem, parece um medo adoçicado com culpa, a segunda coisa engraçada é que na essência me dá prazer.