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domingo, 29 de junho de 2008

A versão da comida na estória.

Não era nada fácil para ela convencer a si mesma que aquele bolo não estava na geladeira. Depois que o comeu, não o esquecia. Assistia TV pensando no gosto do bolo se desmanchando na língua. As pernas andavam à caminho do quarto mas a cabeça dizia "cozinha-bolo, cozinha-bolo".
Sentou-se na cadeira da escrivaninha e começou a estudar sobre as ligações covalentes, polares e apolares entre outros carbonos.
Conseguia resolver todas as equações, mas no fundo só pensava no bolo, o delicioso bolo, agora morto, desmanchado e estripado até a última vitamina boa ou ruim, pelo seu estômago.
Ele nem existia. Pensava consigo. Eu que misturei tudo e o criei, ele cresceu e tem esse fim? Ser explorado até a última migalha?
Destraiu-se com os carbonos novamente, mas logo a cosciência do bolo comido veio à tona.
O coitado depois de explorado ainda é julgado apenas pelos seus pontos negativos se transformando em lixo. Em algo inútil. Em bosta.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Foi quinta-feira. Ainda é.

Acabou. Rotina. Colégio. Localmix. Sono. Progamação de alarme. Verificação de horas a cada instante. Entradas rápidas na internet e uso permanente de tênis.
Ok, não acabou. Mas vai dar uma pausa. E estou felizérrima, ainda não acreditando, que finalmente estou "again" de FÉRIAS!!!

Entre irmãos.

Eduardo 5 anos. Fernanda 16.
-Eduardo eu estou bonita com essa roupa?
- Aham.
-Mas você nem olhou para a roupa, olhou foi para minha cara!
Olha para a roupa e diz com maior intensidade:
-Aham!
- Eu estou com bunda?
Ri, olha para tras e diz:
-Oí tua bunda ai.
-Eu estou com peito?
Dá uma gargalhada, e diz:
-Oí teu peito aí!
- Estou com barriga?
- Oí tua...Ops! Não, não!
Penso: "Ué? Não é que o moleque sabe?"
-Mas na verdade, as cores da sua roupa parece um urso panda! hihi...
-O quê?!
Eduardo sai correndo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Pode ser. [ ] Pode não ser. [ ] Quase.[x]

Sei. E está tudo comprovado pelas observações.
Posso tirar conclusões preciptadas, mas isso porque o que me parece, quase sempre é, e posso dizer que da última vez que pensei não ser, era também, e quando não era...Espera? Não existiu ainda uma vez que não fosse, porque se houvesse, eu me lembraria do erro de ter pensado errado, erros são sempre lembrados.
Então, se existiram "não era's", foram bobos e por isso esquecidos.
Creio por vezes, que por causa dessa inexistência de "não era's" confio plenamente em mim. Em meus pensamentos, contradições e o que vier na cabeça. Mas não chego a ser uma fanática por todas as minhas idéias, por simplesmente me auto-avaliar constantemente.

Me questiono.

Me afirmo.

Me julgo.

Me controlo. (só não, quando a intenção é mostrar descontrole. Quase sempre, a intenção é essa, pronto falei.)


Penso, " Existe um sentimento enrustido guardado no fundo de uma gaveta lá no subconsciente."
Termino com um:
"É." Eu sei. Sei, por uma questão sucessiva de observações que eram.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Drama por uma barata.

Ontem, acordei sem despertador, acordei de supetão, interropendo um sonho, e olhando direto para o chão. Avistei no meio ,um pouco escuro pois era muito cedo, uma barata, que andava rapidamente e parava, rapidamente e parava.
Aquilo me apavarou. Pensei então: "Matá-la ou não matá-la?"
Entrei em conflito. Mas estava protegida, pensei primeiramente, estando eu na cama, ela no chão. Depois pensei que não estava tão protegida assim, baratas escalam muito bem.
A danada foi para de baixo da minha cama, pensei: "Covarde! E se ela me atacar por traz?!"
Então desci da cama pelo outro lado, calcei as havainas por simples nojo do chão que ela pisará, e saí para tomar banho e esquecer da minha falta de decisão sobre matá-la ou não.
Quando voltei para o quarto, ainda meio escuro, liguei a luz e não tirava os olhos do chão, ela poderia estar em qualquer lugar.
Fui o caminho do colégio inteiro pensando "Porque não a matei?" A danada se reproduz muito rápido e ainda por cima muitos filhotes, pelo menos foi o que li na SuperInteressante do mês passado, e por isso me senti uma irresponsável por deixar aquela nojenta com chances de manisfestar doenças na minha casa.
As horas passaram, cheguei do colégio, tirei os tênis da vovó dos meus pés, que peguei emprestado uma vez e nunca mais devolvi, e quando fui passando para o quarto dos meus pais, deparei-me com nada mais nada menos que a nojenta e danada barata, ela balançou as antenas e parou na minha frente, gritei: "Um chinelo! Rápido!"
Jogaram-me um, e "PLAFT" a decisão foi tomada.