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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Férias in Natal (RN)

Saímos de madrugada. A viagem foi demorada. (2 DIAS!) . Foi nessa viagem que li "a idade da razão."
Ver árvores e horizontes sem fim me cansa mesmo! Então nada melhor que se distrair.

O caminho errado.
Infelizmente matamos um cachorro na estrada. Foi tão rápido... mas posso descrever muito bem. Era um cachorro de cor escura, filhote, mas não tão pequeno. Ele simplesmente resolveu passear na BR, "é mole?", passou no meio da estrada e resolveu no meio do caminho voltar atrás, quando ele foi voltando ele viu o carro e parou de andar, ficou assustado e tinha duas escolhas: Ou ele ia para onde estava indo ou ele ia para de onde tinha saído. Meu pai, vendo o cachorro, desviou o carro. "Mas não é que o cachorro escolheu justo o caminho do desvio? "

Naquele momentinho, de 3 segundos no máximo, pensei como se fosse o cachorro: "Ih...escolhi o caminho errado, e agora?". Naquele momentinho também pensei na narradora do livro anterior.(A menina que roubava livros) Buscando-o lentamente sua almazinha assustada e talvez com gosto de arrependimento.
Olhei para tráz, e o cachorro não se levantou. (é claro !). Eu e minha mãe nos olhamos confusas e com caras amarguradas. Ela disse : "Ôôô...coitadinho do cachorro!" e fez um "Txum..." (barulho da língua estalando, que significa "Ah, não...")
A nina (minha irmã) depois de alguns segundos quebrou o gelo gritando: "Iruuu! menos um cão no mundo!" (ela odeia cães e qualquer outro bicho ou melhor, odeia não, tem medo.)
Minha mãe chamou a atenção dela. Eu odiei o comentário e olhei novamente para o livro. Meu pai disse que não teve escolha. E dudu (meu irmão de 5 anos) lamentou também. Enquanto lucas nada entendia.(meu irmão de 1 ano)

Gosto da comidinha da vovó
Almoçamos, em uma cidadezinha que não me lembro o nome, temíamos muito que a comida fosse ruim, mas como nem sempre aparência signifique alguma coisa... o gosto da comida era bem parecido com os almoços da minha avó Dorinha! Para a felicidade de todo mundo até do dudu que é "difícil que só", pra comer.
Olhos azuis de preocupação
Na cidade Pombal (pulando o resto desse dia e outras horas) paramos para um rápido lanchinho em uma... digamos trailler, uma lanchonete "cabinizinha".
Enquanto pediamos o que queríamos comer, sentados naqueles bancos altos (que toda lanchonete tem.) eu vi em outra "cabinezinha" que também era outra lanchonete, um homem já velho, tipo uns 50 anos no máximo, que tinha lindos olhos azuis! Ele atendia uma mulher que pedia água. Os olhos eram realmente lindos! Porém preocupados. Ele fumava um toquinho de cigarro, e parecia estar fazendo uma série de perguntas para si mesmo. Pensei comigo: "Será que ele tem filha?", "Será que esse trabalho é frustrante?", "Será que ele esta percebendo que eu estou olhando demais para seus olhos azuis piscina?(rs)" , "Não seria melhor, eu parar de observar os outros e cuidar da minha vida e bebida? (suco de laranja que estava pronto.) ", "E se eu falasse para ele que seus olhos eram esbeltos, a preocupação diminuiria?"
Minha mãe logo me fez voltar ao mundo real, pedindo que eu tomasse logo o suco e que fossemos. Eu não disse nada ao velho preocupado de olhos azuis. Terminei o suco. Então olhei o homem novamente como se fosse um: "Tchau azuis!" e ele jogou o toco do cigarro nas raízes de uma árvore ao lado, que já tinha 3 tocos daqueles, repousados.
Borboletas no caminho.
O caminho além de longo era repleto de borboletas amarelas voando de um lado para o outro. Eu achei tão poético kkkk.
Natal é lindo. Ficamos em Pirangi. Visitamos o maior cajueiro do mundo (Parece aquelas florestas encantadas, nas fotos!), várias praias uma mais linda que a outra. (Ponta negra, Genipabu, Pipa, Amor, Lagoas, etc...) Vi golfinhos pela primeira vez na minha vida! (rs)
O mar e eu.
Quando eu ia para o mar, procurava sempre ficar mais perto dele me afastando mais e mais da praia. Cantava pra ele, baixinho, admirava-o, e até poesia eu arrisquei! Mas o mar parece ter um humor extremamente conservador e não tinha mesmo como fazer poesias que o fizessem gostar .Ele sempre estava a me empurrar, a me fazer engolir aquela água salgada e até me virou de cabeça para baixo, foi quando me disse: "Menina você não tem medo dessa imensidão, não? Mares não são feitos para poesia como a lua, Deixe-me fazer o meu trabalho? Que é apenas diverti-lá? Eu trago boas ondas pra você nesse instante! E a propósito...Tente por favor ficar até onde os outros banhistas estão, sim? Não me dê o trabalho de arrastá-la comigo."
Foi triste. Mas o que eu podia fazer? Esqueci-o e me divertir, vigiando-me constantemente para não me afastar da praia outra vez.


A luz do fim do túnel?

Férias é uma coisa esperada por todo mundo e por mim também. Passamos horas, minutos, segundos, meses, dias , noites, felizes ou infelizes fazendo tudo que temos que fazer.
As vezes até nos esquecemos dela, mas sempre ela aparece no final. Tem gente que chora quando ela chega. (não entendo!) Tem gente que fica "louco" ao saber que está de férias. E tem gente que corre quando está de férias com medo que ela corra depressa demais. (rsrs)
Quando eu estiver mais inspirada, passo aqui para descrever minha viagem dessas férias.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Sobre: "A idade da razão"


Conhecia Sartre só como um nome, distante muito distante. Sabia também que deveria mexer com filosofia. (sabia sem saber da onde tinha tirado que ele mexia com filosofia.)
Um dia (dia 24 de Dezembro de 2007) fui ao escritório (um escritoriozinho dos meus pais no fundo da casa onde fica o computador, estantes abarrotadas de livros e "papéis mendigos")
E do nada, pensei: "Hoje poderia ser um bom dia para esquecer o pc (computador) e começar a ver com outros olhos os tantos livros existentes ao meu redor."
Então peguei a cadeira verde-limão de rodinhas nos pés, subi em cima e fui passando o dedo em alguns livros com a cabeça virada para a direita lendo cada titulo. Lá no fundo achei um com a capa já meio folgada e letras não tão douradas como pareciam que um dia foram. O livro era: "A idade da razão."Não era grosso como "A menina que roubava livros" então, era moleza. Guardei-o para ler na viagem do dia 26 para Natal (RN), Porque não tem coisa pior que ver carros e árvores em uma estrada que parece não ter fim.
Li na viagem , continuei em Natal , e terminei a história antes do ano novo.
Uma história muito boa. Personagens bem caracterizados. Uma história bem... "em busca de um...", alguma coisa. Dinheiro, cinco mil francos, para um aborto a Marcelle que é uma...namorada de relacionamento aberto de Mathieu, este da vida quase não fez nada a procura de uma liberdade, que só lhe restou em "Falta do que fazer e contar" na minha opinião. Se bem que eu, do jeito que ando desperdiçando a vida com computador, livros e casa, não estou muito diferente do termo "Falta do que fazer e contar". Rss.
O livro termina com um pensamento rápido de Mathieu. Ele procurou tanto uma liberdade, que acabou se afastando dela com suas escolhas. Agora, e os outros personagens? Sartre nem resolveu dizer...Vi o nome FIM e pensei: "Eu queria mesmo saber o final de Boris e Lola.
Que jeito louco de se terminar um livro!"

Sobre "A menina que roubava livros"


Foi o maior livro que já li até hoje. Quase 500 páginas!Confesso que o que me fez lê-lo foram as arvorizinhas, o guarda chuva vermelho e o titulo é claro, ah! e também por um comentário de um amigo meu, Daniel, que disse que Liesel , e os detalhes que a morte narrava (como as cores, nuvens e sensações) trouxeram semelhanças minhas.Adorei o livro, mesmo demorando 1 mês para lê-lo inteiro, a demora foi por causa que o peguei coincidentemente na semana de provas do 4 bimestre (2 ano). Então passava quase 1 semana sem pega-lô. O que atrasava muito. (ainda mais daquele tamanho! rs)Na primeira vez que o li, foi na sala de aula em uma aula de geografia da Sandra, e o livro era do Daniel. Parei na página 31 e nunca mais tornei a vê-lo, porque depois daquele dia era feriado e Daniel conseguiu terminar o livro naquele feriado mesmo. Quando parei na página 31 consegui ,pelos ricos detalhes que Markus Zusak conseguia passar, sentir um tremendo frio. Pensei que o frio fosse psicológico, mas era mais uma gripe de tantas outras. (A gripe realmente me adora! Tenho a péssima impressão de que um dos meus anticorpos tenha um caso com ela!)

Comentei o livro com minha mãe e um mês depois, mais ou menos, ela apareceu com ele, ele era emprestado. Repeti a leitura do começo e assim terminei um mês depois.(esse um mês me persegue hein?) Como leio a noite, sonhei demais com ele rs...

O livro é uma história boa. De uma menina. Roubadoura de livros. Na alemanha nazista. Quem narra a história é a mais famosa e conhecida por todos e se não a conhecem vão conhecer, Dona Morte.