Páginas

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A melhor espiã da cidade

Doze de outubro era uma data que me tirava da cama cedo. Era feriado, um dia antes eu já teria contado em cima da minha bicicleta, pra rua inteira, que no dia seguinte seria o dia mais feliz da vida porque não haveria aula! Porque eu provavelmente iria passear pela cidade percebendo as lojas de brinquedos lotadas de gente, e haveria de fazer alguma coisa boa, comer muita coisa boa, e sorrir de muita coisa boa. 
Eu também, provavelmente já teria recebido um telefonema do Anderson, meu querido primo, combinaríamos algum horário pra salvar o mundo do mal, e provavelmente teríamos alguma ideia nova na cabeça pra nossa empresa de espionagem. É que tinhamos uma, apesar de bem jovens. E particulamente, administrávamos bem...treinávamos memória, passos de karatê, e alguns jogos que ele tinha.
Fico pensando como é que naquela época eu sabia exatamente do que gostava, quem eu era (a melhor espiã da cidade) e ainda trabalhava num lugar que eu gostava com uma pessoa querida. Como é bom ter sido criança!

(Doze de outubro amanhece agora como qualquer dia normal, eu provavelmente vou mandar um sms para os amigos (as) dizendo "feliz dia das criONÇAS", adoro esses trocadilhos mal trapilhos...depois,  ficar na frente do computador, esperando o dia acabar.)

Nenhum comentário: