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domingo, 17 de maio de 2009

Uma impressionada sobre pressão.


A animação correu de mim tão rápido que me sinto egoísta comigo mesma. Ando incomodada, porque os dias andam de um jeito, que podem estar ensolarados, coloridos, mas eu, não o transformo, como se não tivesse oportunidades, em diferente. Eu deveria estar feliz. Eu devo ser feliz. Nós deveremos ser felizes?
Eu, devo estar procurando...é. Seriamente, eu estou procurando. Sentidos, continuações, entender, julgamentos. Encontrar é que eu não tenho certeza, até porque esse próprio encontrar é subjetivo, está no ar... não respirado. Se eu encontrasse, acabaria. Acabaria de começar a procurar algo a mais. Não acaba nunca. Procura-se sempre.

Me entendam:

É tudo tão friamente calculado, estamos (todos nós) programados para perceber profundamente tudo a nossa volta, na hora errada! Ou de forma mais otimista, na hora certa! Na hora que já conhecemos ou amamos.
O erro, ou cartada final perfeita da vida, está aí. Só vamos descobrir que existimos, quando já estivermos manipulados por quem amamos, ou por qualquer coisa que tenhamos conhecido e nos apegado.
A humanidade está viva até hoje, e por quê? Motivos. Parte dela é depressiva ou foi ou será ou está pré-disposta a ser, e por quê? Motivos. De todo modo, morreremos, querendo ou não.
Acredito que a depressão é um desvio. Metaforicamente, eu vejo que é como se entregassem(quem?) camisetas para nós. Os desviados, são os que vestem essa camiseta, mas não a sente no corpo. O necessário é sentir, sujar, rasgar, remendar, pintar, costurar e lavar.
Resistência, resistência salvou e salva a humanidade. Alguns vestiram a camiseta e contribuíram com as necessidades dela. Os não manipulados, ou vivem querendo tirar a camiseta ou vivem e sabem da camiseta, mas por algum motivo, que até mesmo ele desconhece, ainda a veste, mesmo sem senti-lá, isso é... ruim.

É tudo tão friamente calculado, estamos (todos nós) programados para perceber profundamente tudo a nossa volta, na hora errada! Ou de forma mais otimista, na hora certa! Na hora que já conhecemos e já amamos, e é só por causa disso que ainda existe seres humanos e também por causa disso que morrer por conta própria ficou fora de órbita.

Eu, estou indiretamente dizendo que o sensato era não existir humanidade. O sensato seria, nada disso aqui existir, nem eu, nem você, nem o que eu gosto. E se passou a existir, porque não entrou em extinção? (Ideologias, eu sei...aliás, isso é que é poder.)

Contudo, em outro grau, e aqueles outros? Os que não as tiveram, os que a tiveram mais perceberam algo a mais? Ou aqueles homens que vieram primeiro, mesmo! Que resistência, não?!

Para aqueles que conseguem, que lutam em prol do que não sabem direito, mas querem melhorar, fazem melhorar, buscam o melhor possível para todos nós, e facilitam nossas vidas cuspidas, vocês querem até demais para quem não sabe direito porque faz! Eu estou impressionada com vocês! Eu amo vocês! Vocês me assustam! E eu tenho inveja de vocês. Porque, se tudo isso estivesse nas minhas mãos, estaria em extinção.

Quando a hora certa chegar, quando você se der conta que existe, se não tiver conhecido ou amado profundamente qualquer vitém, você é um desviado, um não manipulado, outrora, pode não suportar, e vai querer tirá-la, a camiseta.

(...)

Então, seria melhor deixar-se errar, ou de forma mais otimista deixar-se acertar. Não estou dizendo que é para entrar em uma ideologia, estou dizendo que é para parar de procurar, que é para ser resistente como aqueles primeiros homens, como os curiosos, como os fortes e que mesmo sem saber não tem preguiça de melhorar, de caçar mais para conhecer, para amar, para viver, simplesmente.


Simplesmente, essa é a palavra. Que simples...

3 comentários:

blog do gallo disse...

"Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça..."
(Mário Quintana)

O excesso de estudo provoca erro, confusão, melancolia, cólera e fastio.

Pietro Aretino

blog do gallo disse...

"Escrevia-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia,e não é dificíl antever o que poderá sair desse conúnbio."!
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Machado de Assis

blog do gallo disse...

Melancôlia

Existem momentos na vida em que nos sentimos perdidos, como se algo tivesse sido arrancado de nossas vidas. Às vezes somos acometidos de uma tristeza sem fim, como se estivesse pra morrer. Choramos, desesperados pela dor, que rasga o peito e pelas lágrimas que nos sufocam. E nem mesmo sabemos o motivo real desta dor...Por que? Quando? Aonde? Não existe resposta, as coisas apenas foram se modificando, o que era bom ontem, hoje já não e mais. A melancolia toma conta de nossa alma. Neste momento olha-se à volta e o que se vê é uma coração em pedaços. È hora de reagir, levantar a cabeça e como um escultor que se depara com sua obra em pedaços, calmamente recolher os cacos e a reconstruir. As pessoas não são diferentes, pois somos uma obra de arte em constante renovação. Não se deve esperar a felicidade ou o amor entrar porta a dentro, quando realmente desejamos algo, devemos ir atrás, lutar. Jamais se deve ficar esperando, remoendo tristezas ou magoas. A felicidade não é algo que depende do outro, para acontecer e sim unicamente de nós. Com o amor não é diferente, não devemos cultivar um amor quando não o temos verdadeiramente. O amor se tem, quando se ama e não quando se é amado. É hora de parar e olhar para dentro de nós mesmos... Olhar no espelho e ver o seu eu verdadeiro, o que somos, o que desejamos... Se for felicidade, que sejamos felizes. Se for amor, que se aprenda a amar a si próprio. O que vier depois desta tempestade é só bons frutos... Sejamos todos espelhos de nós mesmos...Amor...Bondade...Felicidade.

Cristiane Ornelas.