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terça-feira, 26 de maio de 2009

Um para o outro.

Ele escreveu uma carta dizendo que não ia mais voltar. Ela leu, abraçou o papel, e rasgou.Todas as letras se desuniram, como se não bastasse apenas a separação deles.
Depois, ele ligou dizendo que não ia mais voltar. Ela atendeu, tampou o telefone, e bateu ele no gancho com tanta força que o fio saiu do receptor. Toda uma conexão desviada, como se não bastasse apenas o desvio entre eles.
Passou-se alguns dias e ele mandou um email dizendo que não ia mais voltar. Ela clicou no item, leu, e excluiu sem ler mais de uma vez. Todo um trabalho de mãos desperdiçados...
Mas porque ele insistia em dizer que não voltaria? Queria fazê-la sofrer?
Ela escreveu uma carta dizendo que já sabia que ele não ia mais voltar. Ele leu, abraçou o papel, e rasgou. Mas uma vez as pobres das letras se desuniram.
Depois, ela ligou dizendo que já sabia que ele não voltaria. Ele atendeu, tampou o telefone, e bateu no gancho com tanta força que o fio só não saiu porque não existia.
Passou-se alguns dias e ela mandou um email dizendo que não precisava avisar mais, ela já entendia que ele não ia voltar. Ele, leu e excluiu.
Mas porque ela insistia em dizer que ele não voltaria? Queria fazê-lo sofrer?
Um agia da mesma forma que o outro. Mas talvez não fossem feitos um para o outro. Como ele não voltou mais e ela também não disse mais que já sabia, o verão foi embora.