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Mostrando postagens de 2008

Para o meu observador.

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Teve uma época que eu cismei que alguém estava me espionando. Sentia sempre que estava sendo observada. Fazia o pré-escolar e quando prestei atenção naquela oração da professora ,sobre anjo da guarda, pensei: "Então, só pode ser ele." Naquela suposição, todas às vezes que sentia que estava sendo observada, eu começava a puxar assunto com aquele observador. Ele aparecia sempre quando eu nem mais lembrava. Eu poderia estar por exemplo, no meio de uma conversa com alguém, que sentia a sensação. Logo que a pessoa não visse, eu conversava com ele. Fazia sempre escondido, achava que seria bem complicado explicar para os de fora o que se passava aqui dentro. Eu não o sentia sempre e confesso que ele aparecia em horas que eu nem esperava lembrar mais. Na escola, brincando de casinha com alguém, na hora de passar na linha de pedestre na rua, no parquinho , balançando na rede, na hora de fechar a porta do carro! Eu poderia estar correndo, gritando e pulando em uma festa de aniversári

"E o Sol?"

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Já passava da meia-noite, eu não poderia mais banhar de piscina, nem jogar bola, nem correr sendo observada pelo sol, nem estar entre pessoas da minha idade, nem pedir nada no bar. Havia acabado todos os afazeres em uma ída ao clube de tarde. Na mesa de plantão, dos jogadores de futebol, (a maioria- pais de família), que jogam alguns dias da semana (e todos do fim dela) por diversão, bêbados riam e conversavam. A mesa é sempre enorme e cheia de confusão, seu pai senta-se nela. Há homens de todos os jeitos , dos brincalhões aos apelões , dos quietinhos aos fanfarrões , dos intelectuais aos simplesmente simpáticos. Depois de um jogo, serve-se a noite, e assim o ínicio de comentários sobre "como foi aquele jogo". E é claro! Se desenrolam milhares de outros assuntos e brincadeiras. Um dia, ou melhor, uma madrugada dessas que fiquei, começou o assunto "Dom". Devo lembrar que os homens dali, são de fé e profissões diferentes e que bêbados são bem sinceros e... vermelho

Como funciona a absorção do que me é dito.

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"Você as vezes é bem egoísta!"acrescentado de "minha filha" no final da frase, calmamente dito por mamãe, vai direto para a sala da reflexão. Isso não é dica, se parecer, mas é o jeito mais rápido de me fazer refletir através de um conselho. Foi o que descobri. Outras vezes na mesma frase, dito por qualquer pessoa podendo ser mamãe também, é acrescentado um " Nanda ". Quando isso ocorre a mensagem é levada para a sala da reflexão (que existe aqui dentro) dependendo do meu humor. Ou seja, as vezes entra por um ouvido e sai pelo outro, se vai entrar e ficar vai depender do meu humor. Se ficar e eu estiver nervosa por exemplo, vou pensar que a pessoa não me entende e disso vou me lembrar da palavra " interpretação" aí eu vou começar a pensar nas interpretações de livros sagrados , nas interpretações dos interpretes dos presidentes e assim vai... Se ficar e eu estiver calma, vou mostrar indiferença e pensar na infância, não sei porquê (ainda) na inf

Verde de doer o olho.

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Célia de Oliveira morava no segundo andar de um prediozinho de quatro andares. Nem poderíamos chamar o prédio de prédio, porque quando pensamos em prédio pensamos em altura e não era tão alto assim, aproveitando, Célia também não era tão alta assim, isso também não quer dizer que era baixotinha , como eu disse é só para aproveitar que falamos de altura mesmo. Célia morava no segundo andar do prediozinho de quatro na companhia de somente um único e imaturo peixe verde, chamado Cloroplasto. Cloroplasto era verde de doer o olho. Célia já havia prestado atenção que o "marca texto" fazia questão de se amostrar quando via visitas entrando pela porta. E toda vez que trazia uma visita rapidamente olhava para Cloroplasto, achava graça e dizia para si : "Metido de uma figa ". O aquário de Cloroplasto situava-se em um lugar que quando se abria a porta do apartamento a primeira coisa que se via era ele. Às vezes ela tinha a impressão de que o aquário não existia, chegava a

Um vilão para recordar

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Não teria todo vilão um pouco de razão? Afinal, eles não nascem maus...nascem? Tá. Tem os psicopatas que segundo os estudos são pessoas realmente más, estranho não é mesmo? Um ser que nasce mau, gosta do mal e se sente bem em fazer o mal. Deveria vir com um escrito na testa: "Nascido para ser vilão." Se bem que se viesse com esta marca, nós bonzinhos (Eu?) nos adiantaríamos e certamente não pouparíamos suas vidas. (Quem não poupa vidas é bonzinho?) Os vilões querem o que todo mundo quer mas nem todo mundo tem coragem de ir atrás, interesse próprio. Existem regras para viver, (Existe. Para vocês também libertinos.) regras aplicáveis ao geral. As rotinas vem, a conformidade também, e seguimos o "pão nosso de cada dia". Imagine uma grande forma e vários bolinhos a serem postos, alguns bolinhos não se encaixam nas formas. Oras! Tem gente que não consegue, talvez porque não consegue mesmo, talvez porque não quer, talvez porque gosta de originalidade ou quem sabe por pura

Eu, mim e ela.

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Eu iria esconder para sempre de mim, o que eu estava pensando. Entretanto, depois que descobri que unir mim e eu esclarece mais meus pensamentos, parei. Eu e mim temos um relacionamento aberto, agora, ficou ótimo para nós duas! Sem proibições, sem segredos, sem mistérios, sem podações e sem medo. Mim e eu, conseguimos admitir e pensar sem nuvens negras por perto. Descubro melhor agora, o que eu quero, o que eu penso e dispenso e o que eu posso fazer para melhorar. Algumas coisas, mim e eu ainda estamos decidindo, outras parece que jamais decidiremos porque mim argumenta bem e eu também, não chegando a nenhuma conclusão sensata, assim, comigo entendendo o que se passa, viver é mais compreensível. Não exato ! Mas bem pensado. Ainda escondo algumas coisas de mim, e eu sei disso também, mas junto disso parece que mim ou eu, não me lembro mais qual das duas especificamente, sabe porque é preciso esconder.

Acabando com um sofrimento.

Estava eu pronta para cortar um papel no meio quando de repente senti sua voz e indignação... "De árvore virei papel (papel específico de escritório). Se eu soubesse ainda quando Deus me deu a chance de escolher o que eu queria ser, não teria escolhido árvore. Foi uma boa escolha até eu ser cortada... claro. O campo de concentração para que eu me tornasse papel foi traumatizante, entre outras experiências ruins que tive na vida outra pior que esta foi ter conhecido aquele ser metidinho , o tal do computador. Nem me deu um bom dia e já me desceu ladeira abaixo, me dei conta depois que o sem educação ainda por cima me infestou de letras. Um tal de Senhor Diego ainda para completar não estava nem aí para minha tristeza abafada, me dobrou no meio, passou a mão em mim e ainda me deu uma lambidinha ! ... A melhor experiência posso com certeza dizer que foram as viagens e papéis que conheci quando estava a caminho de ser entregue, refleti que se ainda fosse uma árvore jamais teria sa

Sobre: Perguntas e dores.

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Você precisa se perguntar diretamente , precisa conversar com você mesma, precisa entender porque age de certa maneira, porque sentiu alguma coisa, porque foi bom, porque foi ruim, porque certas pessoas te agradam, outras não. Se isso nunca aconteceu com você, ou já quando era criança, ou acha ridículo porque não parece muito normal, procure então porque é ridículo, porque nunca fez isso. (Uma dica para superar essa barreira inicial: "E daí?" ) A melhor coisa do mundo é se auto-comunicar, você se sente mais segura, mais você, mais "pés no chão", e você sente que nada mais te atinge. (Cuidado só para não ficar como eu estive uma vez, estava de um jeito que achava que até se um carro virasse comigo dentro, eu não sofreria arranhões, isso aí já é se garantir demais...depois eu falo sobre o corpo, fiquemos com a mente.) Se você não se pergunta nada, vive uma vida que praticamente não é sua. Vive sem saber o que seria viver sendo um ser humano pensante. Ninguém vai te av

Querer e poder.

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Eu não quero o que seja desnecessário. (Eu, socialista?) Eu também não quero nada que não acrescente, quero algo do qual eu possa lucrar. (Eu, capitalista?) Eu quero pessoas das quais me aceitem como sou e que aprendam comigo. (Eu, professora?) Eu quero meninas das quais eu possa contar tudo que sinto, meninas para compartilhar o prazer de sermos meninas (Eu, não sou lésbica.) , de pensarmos como meninas (Eu, feminista?), de agirmos como meninas. Enfim, verdadeiras amigas. Eu quero meninos também! (Eu, promiscua ?) Meninos interessantes. Quero que sejam meus (Eu, possessiva ?) podem ser meus a migos , quem sabe companheiros, amantes! (Eu, Dom ruam?) Ou... Meu filho! (Eu, mãe?!) Tá. Meninos dos quais eu possa contar meus sonhos e desejos. Agora deixando um pouco meu "querer" vamos falar de poder. (Eu adorava aqueles P ower R angers ... meu Deus, como era bom brincar daquilo!) Pensa comigo, vocês dormem e sonham com sonhos cheios de grandes lições? Vocês conseguem captar mensa

"Sobre-viver."

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Entrou em desespero na loja. -Eu preciso de máscaras, muitas máscaras moça! Traga de todos os jeitos , porque se não eu estarei perdida. Descobri que não posso ser eu mesma todo instante. Não posso reagir por instinto todas as vezes e nem posso andar pelada por aí. Eu preciso de máscaras, muitas máscaras moça! Traga de todos os jeitos , porque se não eu estarei perdida. Descobri que quero e preciso me proteger das maldades do mundo, preciso me preservar comigo mesma, preciso estar atenta aos olhares, aos fuxicos, aos deboches e as mentiras, porque nunca se sabe o porquê só que surgem e podem me machucar, antes que isso aconteça eu preciso de máscaras! Máscaras moça! Traga todas as máscaras que você tiver aí! Desça as de bicho, seres fantásticos, monstros, seres humanos, plantas, insetos , até essa aí de et ! Trás ela também... Gostei dessa de et ! Moça! Ei moça, traga mais! Eu posso pagar...tráz porque eu preciso me proteger, tráz porque assim eu vou me sobressair, moça você está m

People

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ponto Algumas pessoas me irritam muito. O que mais me irrita ainda é aquela conversa de que elas nos irritam porque nós estamos nos vendo nelas. Por que será que algumas pessoas nos irritam tanto? Seria algo nelas que precisamos, seria algo nelas que temos ou seria algo nelas que desprezamos mesmo?

Crú.

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Lembro-me que não gostava muito de espelhos. Na verdade eu era tão medrosa que espelho era assustador! Não por minha feiura , rs , mas pelos pensamentos que nos vem e os reflexos que ele nunca deixa de mostrar. Eu me lembro de uma vez que estava sozinha no camarim do sesi , ainda na infância, vestida, maquiada e quem sabe "incorporada" de uma personagem, esperando meus colegas de teatro chegarem para o ensaio final. Fiquei andando lá dentro sozinha pensando no que eu poderia fazer já que tudo ali, por aqueles instantes , estava nas minhas mãos e poder. Andando, melhor! Pulando (pois eu andava pulando) me dei conta de que haviam muitos espelhos. Na minha direita, esquerda, nas janelas, nas separações, nos banheiros! E de súbito me bateu um grande medo. Estar sendo observada, julgada, ou quem sabe até condenada! Não, eu não me dava bem com espelhos. O pior é que não tinha para onde ir. Tive que tomar uma decisão, eu preferia ficar no camarim cheio de espelhos ou ir para o pa

Gostaria muito de vê-la.

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A menina vivia atrás daquele muro. Ninguém imaginava como ela era. Alguns espiavam em cima da árvore alta da esquina, mas pouco viam. Todos gostavam da voz, pelo menos a voz faziam idéia. Uns diziam que ela era feia, "Só pode!", pois nunca aparecera. Outros que era linda, tão linda que era capaz de decepcionar todo mundo por manter beleza demais e acabar por ser convencida. Mas de nada adiantava tamanhas suposições, a menina não aparecia para conclusões. Ela cantava, sorria e de vez em quando gritava de felicidade, mas era tanta felicidade que alguns não aguentavam de curiosidade e faziam de tudo para escalar o muro e saber o que lhe trazia tantas gargalhadas. O muro não facilitava. Parecia ser feito de gelo, escorregadio! Nem escadas, nem as próprias mãos e nem mesmo qualquer outra forma de escalamento existente fazia alguém subir naquele muro. E os adultos não concordavam em quebrá-lo, era praticamente acabar com um patrimônio alheio e histórico da vizinhança. Claro que que

Onipresente.

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Desde que comecei a pensar ou saber que pensava, ou desde que descobri que o mundo é feito de pensamentos, com o tempo a gente percebe que procuramos um tal de tempo, mesmo o vivendo, inconstantemente . Ás vezes vejo o mundo inteiro correndo atrás dele, percebo a esperança feliz da humanidade o procurando, o recuperando, o vivendo, o planejando . É como se ele fosse um Deus. Imortal, inquestionável, não se sabe para quê nem o porquê mas ele está aí, ninguém vê, mas sentimos. Sentimos com as rugas aparecendo, os cabelos clareando, a carne amolecendo , as mãos enrugando o corpo já desistindo e até quando vemos algumas ideias esclarecendo. Concluímos então, ele existe! Ele está aí para quem quiser ver. Existe prova mais concreta do que as mudanças que ocorrem nas nossas vidas? Provas mais concretas do que o "diabo" do arrependimento? Sabe, eu sou uma pessoa que associa tudo que vê e juntamente com isso, também faço outra coisa sem parar. Tenho a mania de pensar nos primeiros s

Mas já acabou?

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No começo do ano. Para a eternidade. Extâse moment's. Uno moment's. Segunda família. Uma vez C sempre C. Chapeuzinho roxo. Cegaram-me. Peace and Love. Centro de aprendizagens terceiro C. Trio das confissões. O querido lindão professor Franklin! = .D Licença poética. Centro das atenções? haha! Santa cruz... (Literalmente haha) Esse ano foi o ano mais engraçado de todos os que já estudei aqui na Santa Cruz. Apesar de todos sermos “concorrentes” deu para notar como todos os terceiros anos estavam mais unidos? Mais sorridentes? Mais eufóricos? Esse ano nos unimos mais e as panelinhas resolveram abrir nem que seja um pouquinho, suas tampas. Creio que a idéia do “pela última vez” infectou todo mundo. Foi a primeira vez que percebi a hierarquia entre o A, B OU C fraquejar. Resolvemos logo no fim, conversar mais com aquela pessoa que vemos desde a quinta-série, e que nunca prestamos muita atenção. Analisamos melhor as crianças no recreio, desistimos de sentir aquele desespero

Não é o Rei abacaxi, mas é um Kiwi.

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O kiwi não é doce, nem salgado. -Existe fruta salgada? O kiwi é azedo mas não tão azedo como o limão. O kiwi não tem sementes chatas que devem ser retiradas, nem sementes grandes demais que devem por isso serem chupadas por algum tempo para só depois serem cuspidas. As sementes do kiwi são pequenas, mas não imperceptiveis porque são negras e brilhosas e se encontram ao redor de uma mancha branca, sem contar ainda que podem ser engolidas! Aliás, podemos dizer que o kiwi sem as sementes não seria tão gostoso! O que nas outras frutas, a maioria, não acontece, elas precisam mesmo serem retiradas. O kiwi não é vermelho nem amarelo, é verde! Mesmo maduro continua a ser verde! Isso não é engraçado? O kiwi por fora é peludo, como se usasse um casaco, pode ser cortado horizontalmente ou verticalmente que continua bonito e não soa esquisito aos nossos lábios. Ao contrário de outras frutas. E assim o Abacaxi perdeu as eleições e um novo império começava.

Des-manchando.

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De repente tudo deixou de ser ridículo . De repente tudo suou extremamente normal e a ânsia tomou conta de mim. Me lembrei de quem eu era no começo do ano, do que sentia, do que pretendia, do que eu pensava e de quanto mudei e consegui ser, não tudo, mas quase que metade do que eu queria. Isso é ótimo ! Isso é extremamente motivador, estimulante... ok! E xcitante! Aos poucos vou me desmanchando, me livrando do que eu não quero, e me libertando, me libertando da grotesca casca.

Imediatamentemente guardando?

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Será mesmo que ficar calado diante do que passamos é a solução? Ando passando por um processo doloroso de escolha sobre o que eu vou ser. Se vou querer ser aquela menina medrosa que fui, onde nada dizia mas pensava,nada falava mas escutava, nada demonstrava mas sentia, ou se vou ser a garota determinada e madura que costumo ser aqui dentro de mim e que está sempre analisando,estudando comportamentos e fatos, comparando, elogiando ou criticando situações e pessoas. Escuta-se que o melhor é ficar calado, tanto que frases do tipo: "Seja dono do seu silêncio para não ser escravo de suas palavras" circula por nossos ouvidos como um grande fato. Entendam meu dilema! Preciso ser sincera, honesta, direita, e ao mesmo tempo não posso ser insensível . Já percebi que não existe a opção que agrada o meu corpo e minha mente, e ao mesmo tempo o corpo e a mente de outra pessoa. Por isso, se escuto algo desagradável vou ter que decidir se vou expor meus sentimentos a essa pessoa, ou se vo

Um realizado sonho.

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Os sapatos eram cansados, foram cansados desde o dia em que foram comprados, contudo seria mesmo muito injusto amargarem, pois os passeios de Judite muito os compensava. Afinal, nem todo sapato passeia todo dia. Era sempre a mesma rotina, um vestido pendurado, som ligado, e os sapatos nos pés para uma caminhada. Judite era uma gracinha , rechonchuda, ancas largas, barriguda e parecia engraçada. Acreditava que se não fosse gorda seria burra, porque como ela mesmo sempre dizia "No colegial se aprende que precisamos ser bons em algo, os bonitos não precisam disso." Por mais que exista exceção , ela tinha até um pouco de razão, gente bonita desde o início, se acostuma a não demonstrar muito conteúdo. As caminhadas eram longas e inexatas , ela podia andar da esquina até a árvore, comprar um livro e ir ao hospital ou analisar o cartaz do cinema e depois passar na costureira. Judite, sendo gorda aprendeu a associar fatos com filosofia. Por exemplo: Comer é gostoso, disso concluía

Rua Anchieta, setor noroeste.

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Essa rua sempre será de lembranças, foi aqui que eu vivi e aqui que eu senti meu mundo. Eu adoro essa rua, de pedras tão chutadas e asfalto bombado que já vi, ainda quando era barro. Cada casa ao meu redor, modificada, inusitada. Bar que já virou restaurante, que já virou galpão, que já virou escola, que por fim decidiu ser farmácia, Silva. Árvores que foram ursupadas por calçadas, crianças que foram ursupadas por seus próprios adolescentes e novos bebês que logo serão ursupados por suas próprias crianças. Eu amo essa rua, tantas vezes desejada em dias longos e estressantes... "chega logo minha rua! chega logo minha rua!". Rua amiga da minha casa, foram tantos anos, tantas viradas na mesma esquina, tantos joelhos ralados pelo mesmo "quente cinza". Com loucos originais, velhas caducas, moleques sujos e donos de bola, com suas bolas em alheios quintais, tantas vezes espiados pelo vizinho do lado, ou mesmo roubados, as mangas das magueiras. Gritaria, música alta, oraç

Pérola da Illa.

Eu: - O que vai cair na prova Ianne ? Ianne ? - Para a gente escrever o percurso da seiva bruta, os fatores , uma explicação enorme! Illa : - Ou...fala aí! Ianne : -É muita coisa, mas vou falar rapidão ...À medida que a água é perdida pela transpiração... Illa interrompe : -Coitada! Eu: -Quê Illa ? (Crise de riso)

Das crianças a vaca.

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Cheguei 15:00 horas ontem a tarde no colégio, apesar de ter marcado 14:00 com as meninas, resolvi pegar carona desta vez com a mamãe em vez de ir com papai e as crianças. Ela chegou de Brasília anti-ontem e eu sentia saudade de andar de carro com minha estressadinha perfeita! Quanto tempo não ía para a aula de espanhol no colégio? Um mês? Encontrei Aline e Illa, nos sentamos no chão do colégio para estudar nosso "transporte de seiva" da prova de hoje, enquanto o horário da aula de espanhol ou melhor prova! (por isso eu fui hêhê ) não chegava. Logo o recreio foi anunciado e as crianças foram soltas, não conseguimos mais estudar, claro! Não pelo barulho e bagunça que elas fazem, mas pela minha boca e olhos que não paravam mais de serem usados, ficamos observando, rindo, comparando aquelas crianças com pessoas que conhecíamos, com nossas crianças "agora guardadas", com nossos desejados filhos, escolhendo os mais bonitos, mais charmosos , mais engraçados, mais ch
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Irmãos são engraçadinhos. Querem nossa atenção sempre. Nos tem como ídolas-sem perceberem- e sempre falam coisas cômicas.

O meu tempo não tem inspiração.

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O meu tempo não tem inspiração, de qualquer modo eu não sei fazer poesia. Desconheço o amor, Procuro não reclamar do almoço e nem da dor. Não participo de um contexto conflituoso e já parei de cinismo quanto aos padrões... -Eu não participo? O meu tempo, ideologia e torcida só se for por futebol. Bolsas quase quebram, mas só quase. E política saiu de moda totalmente. Chega-se até a ser idiota. Rio muito. Choro pouco. Eu poderia até escrever sobre felicidade!Mas sempre terá aquele leitor cheio de hipérbole nas veias que dirá: -Ela quis dizer morrendo de felicidade! Com isso eu não posso. De qualquer modo, eu não sei mesmo fazer poesia.