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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Imediatamentemente guardando?


Será mesmo que ficar calado diante do que passamos é a solução?
Ando passando por um processo doloroso de escolha sobre o que eu vou ser. Se vou querer ser aquela menina medrosa que fui, onde nada dizia mas pensava,nada falava mas escutava, nada demonstrava mas sentia, ou se vou ser a garota determinada e madura que costumo ser aqui dentro de mim e que está sempre analisando,estudando comportamentos e fatos, comparando, elogiando ou criticando situações e pessoas.
Escuta-se que o melhor é ficar calado, tanto que frases do tipo: "Seja dono do seu silêncio para não ser escravo de suas palavras" circula por nossos ouvidos como um grande fato.
Entendam meu dilema! Preciso ser sincera, honesta, direita, e ao mesmo tempo não posso ser insensível. Já percebi que não existe a opção que agrada o meu corpo e minha mente, e ao mesmo tempo o corpo e a mente de outra pessoa. Por isso, se escuto algo desagradável vou ter que decidir se vou expor meus sentimentos a essa pessoa, ou se vou guardá-los para mim e "esquecer".
Na verdade não se esquece,guarda-se.
Guarda-se, guarda-se, guarda-se...ás vezes pode não haver mais espaço... o que descarta a inexistência do dilema falar X calar e que resulta no final das contas a um estouramento de coisas guardadas. Ou seja, de imediato ou mais tarde, falar é destino.
Fico na dúvida, afinal de contas, foi com a opção calar-se que aprendi tudo que sei, foi com ela que observei tudo que concluí, e sem ela pouco saberia hoje.

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