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Fundo do mar

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O mar se encarregará de me dar as respostas Viajarei até ele para o grande ritual Afrodite sabe mais do amor do que pensamos Yemanjá sabe mais sobre acolhimento como nenhuma outra… Vai dar certo, eu acredito. As ondas levarão a prata e o que eu não dei conta de carregar. Levarão o elo e a falta de consideração. Levarão o que deu errado,  o olhar que não veio  e limparão as incertezas deixadas no meu coração.  As ondas vão se misturar com meu choro e não saberemos mais de quem é o sal que corre pelas minhas bochechas… As ondas vão se misturar com os meus sentimentos e uma linda amizade brotará… isto é, entre mim e o que eu temo. Sinto que as ondas vão me devolver sorrisos em pequenos passos. Sinto que as decisões poderão ser tomadas do fundo do coração.  O mar resolve quando a gente nem se dá conta.  O mar é profundo, intenso, verdadeiro, mágico. Que as Deusas analisem Que as Deusas abençoem  Que meu corpo expurgue e meus caminhos se tracem… Vou pular as ondas e esquecer as lamúrias  Vo

Saídas

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  Os poemas saem de mim como se fossem demônios exorcizados. Me falam coisas que o meu orgulho tem vergonha de escutar. Me mostram o meu medo de amar, desfilam com ele e a entrega,  dançam num salão de desculpas sem fim. Meus poemas surgem do nada por eu estar sensível a tudo. Caem de mim quando limpo a maquiagem, suam em mim após um exercício físico, pulam para fora num vômito sintomático.  Eles estão até bonitos, apaixonados,  em sofrimento. Eles caminham rejeitados ao meu redor na utopia de que tudo melhore. Querem ser lidos no futuro com alguma risada.  Querem ser lidos no presente como uma terapia.  Querem abafar o passado e todos os seus erros e vícios armados…  Querem uma comunicação não violenta.  Meus poemas querem ter paz! Balançar na rede Exprimem uma vontade genuína de ser feliz. Exprimem coisas que o dinheiro não pode comprar.  Procuram desenhar a saudade, com cuidado, com saúde e  insistem ao mesmo tempo em versos solitários que a vida não será capaz de sanar.  Esses poem

Olhos tampados

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Não posso te ver,  achei por muitos dias que podia,  quis muito, mas agora eu entendi. Não sara mais, não me ajuda,  não me cura, não tranquiliza, não me acolhe.  Agora, é o meu espírito que faz um alerta de sobrevivência, e então a minha alma evita, e evitando vamos todos juntos: respirar direito.  É tão estranho… Evitar para não adoecer,  para não regredir na escala do tempo, para não desmaiar por dentro, nem desanimar do caminho. Meu círculo se renova e conheço pessoas que tu nunca mais vai conhecer também.  Piso numa fogueira, sinto frio… Talvez eu morra se eu te ver. Agora, aparece em mim um sentimento de covardia, de fuga, sério demais. Agora eu sinto medo de tudo desaparecer bem na minha frente. Temo a invasão da certeza de que tudo não passa de um simples desencontro, como o de tantas pessoas por aí.   Temo que não seja mais complexo,  porque se não é complexo é comum, e se é comum não é especial, não é o principal.  Estou errada e farta da dor,  mas ainda insisto que seja verd

Umbral

Dormir é tão bom É onde posso me encontrar sem a falta Acordar me traz a sensação de que fui roubada…  Olho pro espelho e penso que gostaria de sorrir Os dias passam e eu me pergunto se faz muito tempo Por que é tão difícil agora abraçar a liberdade ? Por que é tão difícil desligar-se de algo que não existe mais ?  Não quero ficar presa a essa realidade, mas o meu espírito fica e com muito medo não se levanta da mesa Eu digo “vamos, vamos embora!” E ele não se mexe, não tem coragem de soltar Como posso ir embora sem ele?  Serei um corpo sem alma?  Como posso fazê-lo levantar? Dormir é tão bom  É onde posso me encontrar sem a falta

Acordar

Hoje não acordei forte, não acordei esperançosa, não acordei achando que tudo vai dar certo.                  Hoje por algum motivo profundo eu não consegui ser racional, não consegui não passar mal, não evitei meu sentimento, não fechei a porta e me deixei de castigo.                  Hoje rezei de joelhos, chorei no espelho, pedi logo para o anoitecer.        Amanhã, amanhã quem sabe meu verso seja o reverso. Amanhã quem sabe eu estarei alegre e de pé. Amanhã quem sabe eu acorde encantada e desejada. Amanhã…   Amanhã quem sabe já consiga me lembrar sem dor, sem crime. Hoje, infelizmente, fui de carne e osso. Fui alma desamparada Carta que nunca chega Flor que se despedaça Declaração sem amor Despedida sem abraço Remédio esquecido Amanhã, talvez eu seja de aço. Amanhã, talvez eu seja olho no olho. Amanhã talvez eu seja coragem,   vontade, amizade e a solução para todos os meus conflitos. Hoje, só hoje, eu acordei com o que sobrou de mim.     

minha carta

Só por hoje, eu quero me perdoar por ter sido tão dura comigo mesma. Não é fácil administrar uma mente adoecida. O importante é que eu cuido, eu enfrento... eu preciso me acolher e aceitar que possuo uma ótima qualidade de me pegar pelo braço, nem que seja aos prantos, e sair andando até encontrar soluções... além de ter a sorte de ter uma família muito bonita como rede de apoio, é claro.  Quero também me perdoar porque acreditei que tudo tinha um jeito,  que tudo se  transformava, que eu tinha um poder de consertar as coisas e a sorte de caminhar junto numa jornada. Eu vi o brilho dos olhos do outro diminuindo, eu vi a falta de desejo saindo do meu quarto, o sorriso que não era mais o mesmo ao ver minha gente, meu cachorro. A falta de empolgação na fala. As inúmeras desculpas para se distanciar. Vi, tudo, mas estava cega do outro olho. Fiquei concentrada num medo do futuro... e perdi o presente. Não foi culpa minha, eu estava doente.  Quero me pedir desculpas por ter achado que eu fos

Mal assombrada

A saudade não é mais uma coisa boa. Ela invade meu quarto quando ainda estou dormindo, e passeia por ele me observando como se fosse dona dos meus pedaços. As vezes, caminha no pequeno espaço e se transforma em um corpo branco sensível cheio de traços. A cada passo o corpo vai se transformando em algo. Uma árvore negra com raízes tristes, uma coroa sem majestade, caminhos e linhas da vida, um coração que bate desesperado, pêlo de gato, folhas... alguma coisa me diz que tudo aquilo abraçava, dava prazer, acalmava... quando era vivo é claro. Nos cantos das paredes, eu ainda debaixo das cobertas, escuto uma risada rápida e estranha, tampo meus ouvidos e tenho a sensação de que alguém ri da minha cara. A campainha toca lá fora e vem um certo gatilho... que sorte têm aqueles que nunca precisarão se acostumar com a chegada de alguém. Enquanto escrevo sentada, um beijo carinhoso pousa no meu pescoço. É de mentira, invisível, assustador e ligeiro. Paro de escrever, olho para as minhas mãos e p

O tempo

Meu tempo é demorado, apesar de eu ser rápida em tantas outras coisas. É analítico, apegado, crítico... percorre meus lados e devaneios para compreender o que se sucedeu, para se abrir para uma nova fantasia que agrade meu peito e eu. Ele quer ser demorado para combinar com o que eu quero enxergar da próxima vez. Demorado para doer o que tem que doer. Para sofrer um pouco, para curar outro pouco, para estender... Também não é um novo amor que ele quer ver logo mais, amor ele já teve, ele acabou de ter... ele quer coisas novas, ele é curioso, é mais ele. E ele quer tempo e mais tempo para um novo eu. Preciso ter orgulho do meu tempo, porque ele sempre sabe o que está fazendo. Ele sempre sabe o que é melhor pra mim. Ele não tem medo de encerramentos, de cascas, de embalagens e de fugas. Não se importa se o outro esqueceu primeiro, esqueceu rápido, já está amando e descobriu que tudo não passou de uma ilusão. Meu tempo aprende, sente e é assim... do tamanho dele mesmo. Quer cavar, beber,

|| A cigarra e as garras da ilusão ||

Agachada comendo com o prato entre os joelhos,  uma cigarra veio voando da janela e caiu bem a minha frente no chão. Aquilo mexeu comigo pois não era hora de cigarra cantar ou estar por aí passeando. Não era mais dia, não era tanto noite. Logo, lembrei que elas cantam como você.   "Um sinal do universo?   Será que ela está bem?   Será que um dia sentirá minha falta como eu sinto? Será que vai demorar? Quando tudo isso vai passar?" A cigarra se debatia no chão e pensei quando foi que achei que o amor próprio podia ir embora, quando foi que comecei a deixar de ser eu mesma e me transformar numa mulher que nem eu mesma gosto. Quando foi, meu Deus, que esqueci de nós com aqueles sorrisos encantados das primeiras fotografias e comecei a me preocupar sozinha com a perda e com o futuro. A cigarra no chão com as patinhas para cima começou a cantar. Eu mastiguei minha comida rapidamente e sem querer viajei para aquele começo.  Gostei dela quando bati o olho. Lembro que fiquei alegre e

Peixes azuis

Enfrento madrugadas com pesadelos que me fazem querer encontrar você. Não queria que aparecesse nos meus sonhos porque não parece você. Com a força do meu pensamento, do meu espírito antigo e da minha própria solidão, me lembro que agora só posso encontrar a mim mesma. Há uma luz em mim, uma luz inexplicável e que não sou eu que a vejo, são aqueles que me amam que enxergam e me avisam quando estou cega. E quando estou cega algo me diz que você me vê, e enquanto estas surda eu quero falar. Não tenho medo de florestas sombrias e desconhecidas, eu sempre as procurei, eu sei falar com as árvores e me sinto da própria noite. Mas tenho medo que todas as sementes e frutos para que a floresta cresça e desenvolva firme, sejam de mágoas.  Tudo segue por um caminho imperfeito, mas segue. Isso me deixa tranquila outrora angustiada. O que poderia ser mais perfeito do que algo que flui? Vou crescendo com alguns espinhos, estou texturizada debaixo das cobertas, das colheradas pouco cheias que me alim

Escrever

Escrevo para que o tempo passe, para que no futuro possa ler de forma diferente.  Escrevo tentando entender minha ações e medos, meus atropelamentos, a vingança do outro passo a passo.  Escrevo para lembrar que sempre estive sozinha, que estou capenga mas estou viva, que estou tentando. Escrevo para esquecer quem não me deseja mais, para quem foi embora, quem ficou e para quem me dá um tempo, um tempo para que eu me encontre de novo.  Para ressignificar uma passagem, para me ludibriar que escrever cura, para entender a lentidão do meu processo e tudo bem se o do outro é mais rápido.  Pensar em si mesma é um desafio quando você não se encontra mais... por isso escrevo para que eu me lembre que a culpa nunca será só minha, que não é possível ser um monstro sozinha, que o orgulho ferido não me pertence, que eu não tenho medo de resolver cada pedacinho.  Escrevo para compreender como os sentimentos foram construídos, até onde vai o perdão e a desilusão, até onde consegui plantar e colher.

II Encompridando a conversa II

Abrir a porta do defeito dá um medo grande. Quantas vergonhas eu passei por simplesmente deixar a sensação ser maior do que eu e a razão? Ter medo de perder é uma coisa, outra coisa é trabalhar inconscientemente para sentir o medo de perder sempre, até perder. Podes não lembrar, mas não é a primeira vez que tive ciúmes da tua verdade, da tua luta. Pesquisei na memória, na sala do defeito, e eu consegui assistir alguns episódios em que entrei no efeito da péssima e traiçoeira sensação chamada: Ciúmes.  Até escrever essa palavra é difícil pra mim, acredite. Admito com um pouco de vergonha que o ciúmes faz estragos e fará várias e várias vezes enquanto não se encara de frente.  A primeira vez que tive ciúmes de um homem contigo foi quando dançamos felizes naquele galpão daquela cidade. Tudo era tão mágico e divertido, tu girava com tua nuca a mostra e sorria e sorria. Tão bonita, tão bonita... eu também dancei no começo, mas como sempre me cansava primeiro. "Devíamos mudar de cidade.

Apagada

Não me interessa mais as horas e os dias, viro um fantasma na terra. Atravesso paredes, ouço conversas, escuto orações... mas nada, nada mais me interessa. Estou sendo lembrada para ser apagada, estou sendo lembrada para ser esquecida, subtraída... guardada onde não se pode mais fazer nada. Um fantasma, uma lembrança sem muitos detalhes.   Choro, eu previa pelos últimos dias que esse dia ia chegar... tu deixou pistas pelo caminho. E os desencontros aconteciam... Não poder controlar o externo é horrível, mas é perfeito para entender que não precisa de controle nenhum. Sinto uma febre pelo meu corpo por tua ausência... esse dia algum dia ia chegar, eu deveria ter ido embora primeiro?  Me deito em lágrimas e escuto tuas declarações de amor, aquelas que eu tinha medo de escutar... estou esquizofrênica agora. Escuto teu riso, meu nome na sua boca, teus avisos e letras musicais.  Que vontade eu sinto de rasgar esse contrato rompido e fingir que nada aconteceu... que vontade de te ter em meus

botões

Não me lembro que dia exatamente decidi sobre isso, mas como uma feiticeira eu transformei todo aquele combo de pessoas que despertavam algo em mim em cura e doença. Funciono as vezes como se tivessem um monte de botões na cabeça. Botões que me fazem pegar fogo, botões que me fazem chorar, botões que me dão vontade de voltar a ser criança, botões que me dão pavor de crescer tudo de novo... Funciono agora assim... cheia de botões, quase um bosque mas só que de botões vermelhos. Quem sabe botões de rosas para ficar mais romântico, menos frio, menos tecnológico e robótico. Queria que a internet nem existisse mais! Acabou-se o encanto, a novidade é líquida, as comparações tomaram de conta, eu só queria me sentir encantada de novo dentro de um feitiço que eu mesma criei. Acordo para passear e de vez em quando eu preciso apertar e quando me aperto aparece uma bacia, sabe? Que se enche de lembranças, de cada pessoa, de cada botão, e me lembro o que eu sou em algum momento, em alguma fase, em

Amanhã

Andava cansada de controlar seus pensamentos. Como pode a mente brigar com o eu? Como pode o eu tanto se confundir? O médico disse que não era ela que pensava aquelas coisas, que é a saúde mental e sua fragilidade, então aonde ela estou? Se perguntava. Uma angústia vazia tomava conta da sua barriga quando se sentava, perguntava-se quando ia passar, repetia para si mesma quando ia passar, ficava tentando se lembrar quando aquela irritação começou e se foi capaz de perceber que estava vindo, ficava tentando pensar que dia voltaria a não ser a mente. O passado aparecia claramente e o presente e o futuro iam ficando nebulosos. O coração apertava e os olhos lacrimejavam, esquecia de se alimentar. Olhava para as pessoas e sentia imensa tristeza e muita pena. Pensava consigo que pobre humanidade... para que afinal tanta luta pela sobrevivência? Não se concentrava muito bem e temia as longas horas do dia, olhava para o relógio, achava demorado e agradecia quando a noite chegava porque era hora

Que

Que eu não queira machucar ninguém, que eu não queira atropelar minhas decisões, que eu não deixe que imponham suas vontades sobre mim. Que eu saiba viver o processo, que eu escute as batidas do meu coração, que eu respeite minha intuição, que eu me despeça com orações, que meus feitiços sejam realizados e meus passos lentos e bem observados, que eu tenha calma e que o futuro seja um pouco imprevisível, um pouco planejado. Que o passado seja lugar de aprendizagem, que os fantasmas de reflexão, que a tristeza passe e as obsessões sejam investigadas e lidadas com paciência. Que eu não queira conquistar o que não é meu, que eu descubra o que é verdadeiramente meu. 

ainda nem existo

Quero terminar minha vida. Queria de forma menos dramática e assustadora. Menos cheia de teorias cristãs e motivacionais ao meu redor. Terminar... desligar-se dela como quem aperta um botão para ligar a luz do quarto. Sem sangue, sem roxos, sem lâminas ou cortes, sem corda, sem cinto amarrado no pescoço, sem dor, sem carta ou culpados. De que maneira é possível terminá-la sem dramas? De que maneira é possível morrer sem uma tragédia? Quero terminar minha vida jovem. Não espero mais capítulos, nem anseio novas sensações. Vivo mais pelo passado do que pelo futuro. Tudo é passado. Tudo é sobre ontem, a infância, os amigos que se perderam, os amores não correspondidos, os medos, os muitos medos que impediram e preservaram alguma coisa. Tudo é sobre o que não aconteceu, ou que ainda estar por vir. Nada é sobre o presente. O presente me entedia. O futuro me dá ansiedade, e o passado lembranças que eu não sei mais se são minhas ou das várias que fui e venho sendo... um pouco de depressão. Pro

destralhar

Em que momento me permiti esquecer que eu acredito nas mães? Em que momento me recusei a acreditar nas Deusas do meu imaginário? Sempre foi tão claro para mim... tão claro o feminino. Sou uma viciada em mulheres, uma viciada em mulheres desde criança. Quero ver mulheres em tudo que eu acredito, ver mulheres, senti-las, estar com elas, desenhá-las, montá-las, ignorá-las, jogar com elas, me apaixonar por elas, escolher as preferidas, me tornar inimiga delas, mulheres, mulheres, mulheres... Suas belezas, suas importâncias demasiadas por cabelos, seus ferimentos e delicadezas, seus corres, menstruações e preocupações com o próximo... ah, mulheres... mulheres e seus filhos, seus estresses, seus esquecimentos e natureza. Meu pedido é que elas mudem o mundo. São as únicas capazes. Tomem, intercedam, criem os novos poderes e caminhos. Sejam a alternativa que é hora de apagar as fogueiras e deixarmos o mato tomar de conta, plantarmos flores por cima dos galhos queimados, várias marias, marias s

Encontro

Dancei como se fosse livre por inteira. Sem metades, sem bipartidarismos na minha cabeça e no coração.   Como pode alguém querer derrubar a floresta? Brinquei como se fosse o curupira observando do lado da floresta e do lado dos não humanos. Como pode não estarem preocupados? Como pode se considerarem os não selvagens?  Não é educado! Não é educado destruir.  Observo, como sou boa para observar... eu passo como as águas entre as pedras. Eu faço caras e bocas, entre profundas reflexões e sorrisos de malícia de como a vida é besta Drummond... Um homem pede silêncio, giro! Os homens vão devagar meu caro poeta.  Meus cabelos são plumas de pavão, azuis, verdes, todas as cores que a natureza permitir! Curupira já não podia ser... sacode, sacode!    Sacudo e me acolho. Ah.... o amor! O amor próprio e o da família... é tudo que importa nessa vida no fim das contas...  A roda e as árvores conversam comigo como quando eu era criança. As plantas sempre choraram e sorriram seus dramas pra mim. Abr

beliscão

Preciso voltar a escrever... não esquecer disso aqui, um vínculo que resiste. Ainda que agora eu seja deprimente e não tenha conquistado muitas coisas, isso aqui pode ser considerado uma boa conquista. Nada demais, mas um vínculo que resiste. As três décadas vem chegando com alguns remédios e medos ridículos... medos acompanhados de algumas leis de atração, porque ser brega e obssecada por alguma coisa na vida adulta faz parte das minhas mil e umas manias. A vontade infantil de se apegar a qualquer coisa que não seja real aumenta, achei que a tendencia era diminuir, mas não vem sendo. Com o tempo vem funcionando feito um beliscão... dor fina, espanto, nada demais e que não tira pedaço, mas que dá pra lembrar que está viva, que eu sinto algo... Quero estar viva em 2025, vi os esotéricos dizerem que haverá um primeiro contato de fora com a terra. É claro que existe vida fora da terra, isso eu não tenho dúvidas, seria muito injusto... mas não quero perder mesmo é a reação das pessoas. Na

Delíquio

Escureci meus cabelos aquele tempo, um chamado para o meu oculto? Pensei e repensei no que eu não quero mais deixar claro. Não estou na superfície tem um tempo e não entendo porque passo por processos de esconde-esconde tão repetitivos. Tudo é tão instável e perplexo... as vezes me canso de ser insuportável. Por que tudo precisa ser tão significativo? Por que tenho que ser tão pesada? Não sei explicar o que é leve, mas sei sentir. Agora ainda mais essa, dos pensamentos obsessivos que eu não devo me preocupar mas que tenho. Uma invasão sombria que me confunde e perturba sem o meu controle. Muitas vezes na multidão ou antes de dormir. O que eu preciso notar ainda? O que eu ainda preciso tanto descobrir sobre a minha própria cabeça? Por que carrego o fantasma do medo abraçado a uma coragem que preciso alcançar? Queria ser mais madura emocionalmente.  Quero ser... acredito an lei da atração, estou encantada com essa nova obsessão, me faz sentir melhor... até porque  me parece que os baldes