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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Até a última bolacha do pacote.


A vida (por hoje) foi definida. Uma estante, da ala de todos os pacotes de bolachas recheadas de um supermercado. Abre-se e come.
Alguns pacotes, come-se de supetão e já se parte para outro.
Outros pacotes, ao contrário, param de ser desejados já na metade, então, seu pacote é enrolado e destinado a ser comido depois. Se muito demorar, perdem a crocância e talvez vão para o lixo.
Tempos muito distantes, uma bolacha que engoli, me disse que é necessário ser comida. Me explicou que poucos perceberiam, mas que elas são um segredo por trás de tanto açúcar e conservante.
"Um pacote de bolacha recheada enrolado e jamais desenrolado é o mesmo que uma situação mal resolvida do passado."
Situações mal resolvidas devem ser resolvidas um dia, a não ser que queira relembrar "forever-mente."
Se exageras em um pacote, pode ter dor de barriga. Mas aí é burrice, todo mundo sabe que todo pecado só é pecado por conta do exagero. Demais! Exagero é demais.
A bolacha recheada não quer saber se a barriga está cheia, se a barriga vai crescer ou se vai doer. Aliás, ela detesta qualquer conversa que envolva a tal barriga.
Ela quer ser apenas engolida, não suporta desperdício.
É sempre uma dúvida cruel quando se chega nessa ala, tem que ter muita coragem para comprar um pacote de recheadas.



2 comentários:

Augusto Rosa Leite disse...

serio

essa imaginação, fas nos coisas.

Anônimo disse...

Sublime!