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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ade.


Eu não posso mais escrever. Três segundos atrás, achava que estava terrivelmente apaixonada pelo ato. Dei quase a resposta do sentido da minha vida ao verbo escrever.
Agora que não sou mais ingênua quanto a esta paixão, percebo quão irresponsável eu fui e estou sendo.
Responsabilidade! Quando ela não vai estar? Como descobri que ela está aqui? Na tinta...dessa caneta.
Não vou mais escrever. A sensação que tive a seis segundos atrás é de que a cada texto que escrevo distorço o que acontece. A cada vez que escrevo, sou responsável.
O pior de tudo é que essa mensagem foi escrita.
O pior de tudo é que isso não anula responsabilidade nenhuma, acabo de ser mais uma vez responsável. (Por isto!)
O pior de tudo é que não estou nem um pouco preocupada em procurar sinônimos de "pior" e deixar de estar sendo repetitiva.
O pior de tudo é que quando eu escrever de novo vou estar sendo contraditória.
O pior de tudo é que a três segundos na frente, me acho tola por ter achado que liberdade é não ter responsabilidade. (É claro que eu sabia disso!)
Até uma criança saberia disso. Não saberia pela maneira certa, mas pela rima boa dos "ades". Liberdade e responsabilidade, associaria sem problemas! Associaria certo. Enquanto eu, rodopio. Teimosa!

2 comentários:

Anônimo disse...

Quando nos expressamos, largamos o medo dos nossos sentimentos. Quando está escrito, nos convencemos para sempre de que aquilo foi verdade. Nós, mesmo que não escrevamos, escrevemos. Vício. Necessidade.

Augusto Rosa Leite disse...

adooro tuas fotoos!
haha
espero que se contradigas mesmo!
haha