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Mostrando postagens com o rótulo Dialogando

Olhos fechados.

-Nem aqui mais. -E lá? -Lá também não. -Então onde? -Isso que eu queria saber...mas se bem que ninguém disse que eu ia me sentir a vontade em um lugar para sempre, né? -Sabe o que eu acho? Agora só...só quando for casamento. -Hãm?! -É. Ai será a sua casa, seus... -...Tô com sono.

Fedífrago

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Encaixando a chave do carro, pensando se deveria mesmo chegar e entrar decidida na recepção e seguir depois para a sala, passou a marcha pensando se não deveria ir decidida a recepção e cancelar tudo destinada a ficar sentada na praia observando o mar. Foi saindo do carro seriamente, e antes de entrar colocou os óculos escuros e olhando para o retrovisor passou o batom concentrada. Estava de vestido preto, reto até os joelhos, tudo bem escondido, mas a cintura era visível e de uma certa maneira ficou até elegante, para quem parecia não estar interessada em estar nada. -Pode seguir à direita, isto é, se for das 17:30? Disse um secretário bonito e perfumado parecendo estar apressado. -Eu mesma. No corredor, só se ouvia os sapatos, e entrando deitou-se no sofá, depois dos bons modos claro, e quando o doutor pegou o caderno, ela foi falando sem perguntar se podia, e sem esperar uma pergunta: -O universo da minha cabeça e eu mesma com mais ninguém envolvido nisso, sofre de duas coisas: Trai...

Gorda porque quis.

Passa o pente na barriga, arranhando só para arranhar mesmo, e pergunta sem neurose, só por que ele estava ali calçando a meia concentrado para o segundo dia de aula, -Dudu, acha que estou gorda? Ele olha nos olhos, olha para cima, e responde. -Bom, sim. E antes que eu me admirasse, calça a outra meia, me olha sério e responde: - Mas sabe? É só porque você me disse uma vez que era seu sonho. (Fernanda já inventou um sonho desse para Eduardo mesmo, mas nem se lembrava...e Eduardo sabe lidar com as mulheres.)

Até mais ver...

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Não voltarei para casa. Aquele dia, matei, morri, e suicidei todo um processo. Não voltarei para casa. Não do jeito que saí. Não na fome que sentia. Nem nunca mais vou me despedir ferida. Não vou deixar de amar quem em casa continua. Do jeito que eu sonhei, o que vivemos, permaneceu com um “Para sempre” e seguiremos felizes. Não vou esquecer de nada, porque esquecer é a coisa mais feia do meu mundo. A única tragédia é que não sinto mais tanto, e por mais trágico, foi só assim que finalmente ganhei uma bóia e parei de me afogar. E foi assim que deixei para sempre (e sem querer) de sentir a sensação: casa, mesmo que eu volte por lá. O jeito sozinha, é basicamente cambalear ali e aqui, com o guarda chuva em pé, no foco da corda, que ás vezes é bamba. Equilibrar é fundamental, e às vezes sambar na frente de todo mundo na rua também. Aconselho continuar na bolha enquanto o instinto for seguro. Só espoque quando sufocar. Quando der, telefone, chore, grite, (e escreva sempre), de vez em quand...

No quintal daqui de casa.

Alexandre, nosso vizinho, amigo de Eduardo, (meu irmão) diz: -Ô Dudu! Eu acho que ninguém sabe de tudo! Eduardo: - Ô! É nada...e Deus? Hein? Deus deve saber. Maria Luiza, a prima, retruca: -Ô, nem Deus sabe de tudo Eduardo! Alexandre: -Se ele não souber, a mãe dele deve saber. (Eu precisava registrar essa conversinha de criança. ;D)

Parada.

Espero pelo ônibus , assim como a árvore um pouco longe de mim, mas na minha frente sempre espera. Não temos diferenças. A estrela em cima da árvore brilha igual ao poste do lado dela. Quatro. Eu, a árvore, a estrela e o poste, idênticos! Sozinhos, cheios de pessoas ao redor, esperando, no mundo. Deve ser difícil ser árvore, crescer e nunca sair do lugar. Ter frutos, secar, molhar, sem nenhum pio. Aliás, os pios dos passarinhos... ás vezes deve ser infernizante ter que aguentar, é incrível como ninguém pensa nos ouvidos verdes. Deve ser difícil ser estrela também, brilhar e nunca poder sair do lugar. Estar sempre longe, longe... Ser vista por gente do sul e gente do norte, mas não ouvir nenhum elogio. E a falta de privacidade todas as noites? Todas as noites! Sem contar que ninguém pensará nela durante o dia. Aliás, deve ser um saco saber que seu brilho não é próprio. Deve ser mais difícil ainda ser um poste. Ninguém quase nunca vai olhá-lo por inteiro por causa do seu tamanho, e tal...

Faltou energia.

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No começo daquela noite, acendeu uma vela e retirou os chaveiros do zíper . Desligou a luz e bateu os joelhos no criado, como se fosse sarar, passou a mão com palavras sujas. Desperdiçou os biscoitos, varreu os farelos e viu que tinha acerolas no quintal. Pegou uma vasilha na gaveta e foi catando todas as vermelhinhas desavergonhadas . Acendeu a luz, soprou a vela e começou um suco, um bolo, uma torta, um manjar, uma cachaça e um buquê , tudo, sabor acerola . A casa grande ficou perfumada da frutinha pequena. Enrolou o fio do telefone no dedo e ligou para Nicolas. -Alô? - Oi ? -E essa voz sem energia? -Energia? A...A... Atchin !!! Falta de vitamina C, e essa ligação? -Ah! Falando em energia, advinha? -Hum, sua energia elétrica acabou? -Também, mas o que eu ia falar era sobre o banquete de acerolas que acabei de fazer! -Tá me convidando para um banquete de acerolas ? -Também, mas o que eu ia falar mesmo era sobre você e minhas louças e tal... -Sua engraçadinha ... -Vai vir? -Quer um...

Nunca. Ouvi. Falar.

O carro parou no posto. Ela desceu para sacar seu dinheiro e comprar um maço. Do meu lado parou um fusca que parecia ter sido bem branco antigamente. Desceu um homem de cabelos até o pescoço e que usava um óculos maneiro e roupas largadas. Até aí tudo bem, mas foi aí que o som do fusquinha começou. Um rock daqueles bem antigos, que só eu tenho vontade de descobrir quem canta e nunca me vem a oportunidade de descobrir. Veio-me a sensação "agora ou nunca", e reparei se tinha alguém no carro, tinha uma moça do lado de fora, encostada, e gritei: -Ei! Moça! Ela não ouviu. Tentei de novo. -Moça! Ô moça! Nada. Desisti rápido e minha tia voltava com seu maço e dinheiro nas mãos. Pergunta-me: -E essa cara? -Queria saber a música que está tocando... -Por que nao pergunta? Eu já tinha perguntado. Mas absorvo a sugestão indo até lá. Futuco o ombro da moça e pergunto. -Sim, estou nesse carro, quem canta é o...o...Espera! Aquele rapaz ali te responde, ele é o dono do carro e do cd. E veio ...

A princesa e o sapo em um passe de marcha.

O sol estava normal. A rua estava normal. E as plantas do caminho estavam agitadas. Vento, ele gosta delas. Passava carros, e um parou do lado da moça bonita desconhecida, o vidro se abria e saiu uma voz bonita e desconhecida que lhe disse: -A princesa quer carona ? (Terminou sorrindo) E ela lhe respondeu ironica : -E o sapo? Quer a princesa não é? -É uma pena que eu não dê caronas para princesas engraçadinhas ... -Logo agora que eu ia resolver pegar carona com sapos sérios? E virou-se para ele. Que ficou abismado. Ficaram sérios e riram. Ele disse então: -A princesa quer ou não carona ? -Não posso aceitar carona de sapos, ainda mais estranho. - Beto, engraçadinha . - Sueli, r ua 75, por favor. E foi nessa esperteza que a princesa entrou no carro rápido. O sapo ficou de boca aberta, riu e levou-a em um passe de marcha para a rua 75.

Diálogo comido.

-No que você está pensando? -Pão. E foram felizes para sempre.

Antes de dormir.

-Mãe? Tá acordada? -Tô. -Qual o seu sentido de viver? -(...) Não faz pergunta difícil Nanda... -(...) -A família. Aliás, eu vivo só por causa de vocês. -Sabe? Eu também. Engraçado né? -É...

Operação falha.

Duas criaturinhas no começo de tudo, flutuavam juntas, organizando a chegada do próprio tudo. -Anota aí! Precisamos de um motivo! -Um motivo...uma explicação também? -Boa! Um motivo, uma explicação, hãm ... benção . - Benção ? Tá bem...hum! E aquela estória de dinheiro? -É...mas é quase igual, anota reprodução, comida, bebida... -Álcool! Que tal? -Essas coisas que você está falando, eles vão inventar! Não precisa por, fiquemos só com o que eles vão precisar agora... -Tá bem...o que mais? -Bota aí que eles precisam entender, claro que eles nunca vão entender, mas só para poderem sentirem-se com classe, bote. -Conformar né... -Depois, eles vão...vão...hum! Coloque que eles vão dormir! Apagarem feio! -Chefe? -Eu estou pensando em algo genial para depois dessa espécie de sono que acabei de criar, não me atrapalhe! -A tinta acabou! -Como assim acabou? Onde terminamos? -Quando eles serão obrigados a apagar. Apagar feio. (...) E desde a falta de tinta, nunca mais fomos os mesmos. (Srta*Fê d...

Pintando o sete.

- Ei, a moça está falando contigo! Responde! - Hãm? Quê? Desculpe, pode repetir por favor? - Ela quer que você escolha um número, só. - Hum... E pensou... - E aí, é para hoje ou não? - Sete! No decorrer do caminho... - Por que você escolheu o sete? - Porque o cinco me parece um homem gordo sentado, a barriga deve incomodar por demais, é melhor deixá-lo lá e o seis é o número da besta. Antes da besta e depois dela ...sete! Perfeito. - Nossa! Eu preferia que tivesse escolhido o sete por preferência mesmo... - Sete! O sete é sempre bem lembrado. Média sete, sete anões, sete pecados, já ouvi falar até que o número de Deus é sete! - (riso) E para quê Deus teria que ter um número? - Pois bem, sete é realmente agradável, místico e famoso! - Sete é um número, me-nos! - Sete reais! - O quê? - Sete reais é caro ou barato? - Bem... - Não é! Entendeu? É sete reais apenas! O sete não é estranho? - Hãm? - Sete, oito, nove e dez! O sete é tão sete que nem elogiado de nota dez, ele poderia ser, o desc...

Pérola da Illa.

Eu: - O que vai cair na prova Ianne ? Ianne ? - Para a gente escrever o percurso da seiva bruta, os fatores , uma explicação enorme! Illa : - Ou...fala aí! Ianne : -É muita coisa, mas vou falar rapidão ...À medida que a água é perdida pela transpiração... Illa interrompe : -Coitada! Eu: -Quê Illa ? (Crise de riso)

Mamãe me contou...

Que quando eu terminei de assistir o filme da Bela e a Fera em um descontentamento perguntei a ela: -Porque ele se transformou em prícipe? Mamãe então explicou toda a estória da bruxa, do feitíço e da rosa vermelha, eu disse então: - Mas ela não gosta dele? Mamãe respondeu que sim e perguntei: -E porque ela deixou ele ser príncipe? Mamãe não respondeu. Realmente Bela, você me desapontou. Volto a afirmar que filhos de Srta*Fê não lerão nem assistirão contos de fadas.

Um coração azul.

Fernanda entra no quarto da mãe, foi tão de repente, sentiu saudade de um contato familiar. Elisa está deitada na cama, cabeça mais alta pelos travesseiros, com livros espalhados ao seu redor, amarrotando levemente o lençol. O quarto está frio, ar condicionado ligado, o chão também, Fernanda então aproveita para deitar-se ao lado da mãe e escrever seus rascunhos para a redação que teria que entregar na quarta-feira, os travesseiros são poucos para Fernanda, não levantam sua cabeça o quanto queria, ela queria estar exatamente na mesma sintonia que a mãe, lado a lado, centímetro por centímentro. Pergunta-lhe então: -Mãe, aonde está meu coração? Elisa, abaixa a folha de papel que lia e confusamente olha para Fernada. -A senhora sabe onde está ou onde deixei meu coração? A mãe, confusa, responde: -Quê...como assim? -Estou te perguntando se a senhora sabe onde está meu coração. -Quê isso menina? Endoidou? -Hãm? Como assim? -Você disse coração, não? -Sim, meu coração azul mãe! Onde está? -Ma...

Entre irmãos.

Eduardo 5 anos. Fernanda 16. -Eduardo eu estou bonita com essa roupa? - Aham. -Mas você nem olhou para a roupa, olhou foi para minha cara! Olha para a roupa e diz com maior intensidade: -Aham! - Eu estou com bunda? Ri, olha para tras e diz: -Oí tua bunda ai. -Eu estou com peito? Dá uma gargalhada, e diz: -Oí teu peito aí! - Estou com barriga? - Oí tua...Ops! Não, não! Penso: "Ué? Não é que o moleque sabe?" -Mas na verdade, as cores da sua roupa parece um urso panda! hihi... -O quê?! Eduardo sai correndo.

Piada do dia.

Eu, mais conhecida como fernanda, chego em casa e digo para tia Valmira, mais conhecida como tia Val,: _ Minha colega disse que banana todos os dias é receita pra quem quer engordar. _Pra engordar? _Aham! Se fosse assim eu já estaria uma ba-le-ia não?! _Pior...você come bananas diariamente... Eduardo, mais conhecido como dudu, irmão de 5 anos de fernanda, diz: _Baleia? Mas não é macaco que gosta de banana?

A conspiração do morango

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Lili vai a sorveteria: -É de quê moço? -De morango. -Hum...quero não. Lili vai a doceteria: -É de que moça? -De morango. -Hum...quero não. Lili pede uma bala: -É de que? -De morango. -Hum...quero não. Lili vê um monte de pessoas a cheirarem um caderno, e pergunta: -Tem cheiro de quê? -De morango, cheira! -Hum...cheiro não! Lili vai embora pra casa, quando a mãe a grita: -Lili!!! -O quê? -Adivinha o que eu trouxe do sacolão pra você? -...Morango?

Duas criaturas passeavam...

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_Vamos tomar um pouco de chá? _Porque? _Ah! Porque...sei lá! Parece ser tão...tão... _Tão? _Desisto! _Então vamos! Autora: Fernanda de Alcântara Alencar.