Junho & Julho (2025):
meio água
meio abaporu na praia
meio costurada e tropicalizando
na cicatrização de uma parte da alma
mês 6
que mês meio besta
meio fera
meio mordido,
mês que voou como um carcará,
comendo minhas decisões firmes
e caminhos necessários,
não me mando
do vento atento eu sigo
desvinculo
desvinculo e arremeço
novas estradas
novos degraus
passagem esquisita
nostalgia cinza
limites e medos enfrentam-se ao som da quadrilha,
da reta final do texto,
da linha que passa pelo rio tocantins,
do teto de palha de Filadélfia,
do limão que me ascende na caipirinha
que traz o mês 7 perfeito e assombrado
eu me levanto meio arranhada,
descoberta,
me misturo entre lágrimas, rio, cachoeiras e sorrisos
pólvora… e adeus mulher!
adeus e madrugada ê…
um fluxo,
um desmanche,
com tintas de sol, travessia, segredos, com tintas de calor, mentirinhas e receios…
verdade ou consequência?
quem posso ser agora?
tenho sede do que parece
e vem sendo desenhado a lápis
algo se esvai e fica apenas
e essencialmente poético.
(prosa | inspirações✍🏽 : 𝙁𝙚𝙧𝙣𝙖𝙣𝙙𝙖 𝙙𝙚 𝘼𝙡𝙘𝙖𝙣𝙩𝙖𝙧𝙖)
Comentários