especialista no amor

Teu nome iniciado com espécie de flor me causa agora vários espinhos. 
Sinto vontade de voltar para um lugar que não existe mais há muito tempo, 
sinto medo da minha saudade se descoberta me fazer ser assassinada em pensamento por você.
Teu nome iniciado com a espécie da flor mais misteriosa que existe, agora me causa lágrimas 

em todo ponto que me faz lembrar quem fomos. Chorar por tudo que parecia ser puro, 

uma versão minha que nem se quer pode ousar em existir a essa altura do campeonato.
Sinto vontade de nunca mais te ver e ao mesmo tempo sinto medo, muito medo de não conseguir 

me despedir de você.

Quem é que vai morrer primeiro?

Quem é que vai ter justiça primeiro?

Teu nome iniciado com a espécie de flor especialista no amor, me causa dor e saudade as segundas, quartas e sextas.
Eu queria passar de carro pela tua rua, e deixar gasolina, acender um fósforo acidentalmente, 

queimar aquela calçada fedida e cheia de restos de comida, em que já sorrímos e choramos todos, 

Juro... eu quero tacar fogo todas as terças, quintas, sábados e domingos.

Nunca mais eu vou te ver?
Quantos dias eu construi em torno da sua vida, dos seus filhos? dos meus irmãos?

Quantas semanas eu me encontrei e me preenchi de você?

O tempo passava voando, mas ultimamente era eu vomitando e arrastado...

Por que você nunca dizia o que realmente podia estar acontecendo?

Por que as correntes estavam se afastando gradativamente e você saindo a mercê?

Teu nome iniciado com a espécie de flor mais cheirosa dos contos de fada, mal escuta minhas lamúrias, memórias e desgostos...

Eu juro que eu tento te desconstruir dentro de mim, 

eu juro que eu tento te diminuir de tamanho,

eu juro que eu tento te humanizar quando vejo a proporção que o seu significado foi tomando em 

apenas três anos de caminhada.

Eu juro que tento todos os dias te enxergar como alguma outra coisa que não seja essa mulher 

que parecia bondosa na minha frente e era cruel pelas minhas costas, eu acidentalmente aprendi 

a te amar incondicionalmente? 

Ou estou adoçada? 

Ou estou enfeitiçada?

Como posso amar o que eu tenho medo?

Como posso amar quem só me achava triste, insegura e dramática?

Que sinistro é agora ainda achar que em algum momento ainda viras me salvar.

Que absurdo é achar que de vez em quando tudo isso não passa de um mal momento 

e que no fim tudo dará certo outra vez.

Que alívio é também acordar sabendo que não terei que aprender a andar no teu ninho de cobras, atravessar teu lar, nem ver tua moto amarela ou entrar pela loja...

Foi estranho e ainda é ver tudo aquilo cortado no sal grosso... tudo aquilo sem fundamento algum, tudo aquilo que tinha que ser um eterno mistério, que de alguma forma também parecia me proteger.

Eu me molhei inteira com aquela chuva que caiu.

Você nem se quer me abraçou.
Em segredo, pombagira me ensinou a ser fingida, não posso sangrar perto dos tubarões, 

era a quarta vez que eu te pedia aquele pano de cabeça que foi para o lixo, dessa vez você devolveu por que se sentiu intimidada ou por que estourei champange na encruzilhada em formato T, do jeito que você já havia comentado?

Teu nome...

Iniciado com espécie de flor...

de flor de começos, 

de flor de conquistas,

de flor de paixões,

de flor de padês 

e despedidas

Nunca mais poderá ser lembrado do jeito que eu pretendia... 

Teu nome iniciado com espécie de flor não alcança, nem germina mais 

a semente do capítulo da minha próxima história.