Páginas

domingo, 8 de novembro de 2009

Até mais ver...

Não voltarei para casa. Aquele dia, matei, morri, e suicidei todo um processo. Não voltarei para casa. Não do jeito que saí. Não na fome que sentia. Nem nunca mais vou me despedir ferida. Não vou deixar de amar quem em casa continua. Do jeito que eu sonhei, o que vivemos, permaneceu com um “Para sempre” e seguiremos felizes. Não vou esquecer de nada, porque esquecer é a coisa mais feia do meu mundo. A única tragédia é que não sinto mais tanto, e por mais trágico, foi só assim que finalmente ganhei uma bóia e parei de me afogar. E foi assim que deixei para sempre (e sem querer) de sentir a sensação: casa, mesmo que eu volte por lá.
O jeito sozinha, é basicamente cambalear ali e aqui, com o guarda chuva em pé, no foco da corda, que ás vezes é bamba. Equilibrar é fundamental, e às vezes sambar na frente de todo mundo na rua também. Aconselho continuar na bolha enquanto o instinto for seguro. Só espoque quando sufocar. Quando der, telefone, chore, grite, (e escreva sempre), de vez em quando caia no chão com tudNegritoo no porre, coloque óculos escuros e não dê satisfação para ninguém, excite-se com o que a universidade anda pedindo que leia. E aproveite sua idade e os mais velhos que tem cara de serem ex- porras loucas da vida para chingar o mundo por ter te estragado, eles se incham, eles se veem. Não se preocupe em chutar a porcaria da porta que não sabe se fecha ou se abre, ninguém está vendo, e depois, gargalhe alto e durma em seus pensamentos . Isso, é o que eu chamo de servir.
(para alguma coisa)


(Tô viva gente!)

Um comentário:

NaNa Caê disse...

arrebentando o cordão umbilical.