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sábado, 25 de abril de 2009

Era uma vez uma floresta encantada..

Não sabemos, não quando pequenos, que existem preços para serem pagos em cada falta que fizemos o favor de fazer ou fizeram o favor de nos fazer. Eu tive e fiz faltas. Você também. Todos nós. E os que virão, que não se gabem, vão ter. É uma linda maldição.
Um abraço negado, uma pergunta não respondida, uma má interpretação de preferência, uma indiferença, um não tocar... Rancores. Teias de rancores.
Tudo será despercebidamente guardado por que não conseguimos falar na hora, pois, é tudo tão surpreendente, tão intimidador, tão novo, que somos trancados sem justificativa e bem rapidamente! Em uma floresta desconhecida. Lá, onde não saberemos o caminho de volta, nem o de ida, fingiremos, sem saber se aquela floresta é perigosa, admirados com a vegetação, e com o propósito inconsciente de querer sair dali.
Totalmente desprovidos, é quase que uma regra entrar na floresta. É quase que inevitável depois de um "F", de um "F" de falta, não nos enfiarmos na floresta. Uma coisa que eu nunca vou entender, é:
"Por que, na hora em que acontece um "F", somos hipnotizados e não falamos nada?"
Desse modo, ficamos ao léu, feito bestas, desorientados e infectados.
Não é extremamente esquisito? Uma coisa te acontece e não ficamos sabendo disso diretamente! Somos quase que imediatamente mandados para a floresta!
É por isso que o que nós resta é soprar. Soprar para o vento! E sopramos pela voz. Vamos soprar injustiçando, ridicularizando, o que for e quem for que estiver na frente.
O tempo, nunca deixou de passar por causa disso, e crescemos, e dessa maneira que pegamos "tiquetes", "tiquetes" de grandes chances, para podermos admitir o que guardamos, admitir onde estamos, admitir o que sentimos.
As chances não aparecem por que crescemos. Mas porque só assim as situações vem.
Um dia, um surto te acontece. Uma determinada situação aparece, e um grito, uma loucura repentina, faz com que tudo que guardamos atue.
Dopado, chapado quase caindo, podemos ver o rancor dançando. E ele sai dançando entre você, entre a falta, entre talvez, o que a fez, e entre a salvação que o libertou: Uma situação problemática.
Você se sente livre, culpado, e não sabe porque ficou tanto tempo admirado.
Uma situação, seja ela em qualquer tempo, aparece. Por que as coisas tem que acontecer, e é do mesmo jeito que nos colocamos inevitavelmente na floresta que sairemos dela.
Assim, você passa a compreender. Basta essa vez, para os mais espertos, para que todas as outras vezes que um "F" aparecer, sua alerta pisque e não se deixe admirar e entrar outra vez nessa floresta. E você fala, você não deixa mais atingirem.
Às vezes, o tempo na floresta é tão grande, que quando conscientes do que aconteceu, queremos vingança. Outras, queremos apenas esquecer, e não voltar nunca mais para a floresta.
Depois de "F's", florestas, e sanidade do que lhe aconteceu, não existe ainda liberdade. É preciso ainda, uma decisão. Ou você se vinga ou você perdoa.

2 comentários:

Marina de Alcântara Alencar, a Nina. disse...

Que coisa mais psicodélica, mas eu tenho certeza de que entendi.

blog do gallo disse...

hein???