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domingo, 3 de agosto de 2008

Tudo pra moça.

Não sentia dor nem amor . Sentia a angústia de nada sentir.

Tudo pra moça era uma grande conspiração.

Ficava impressionada com a ousadia das pessoas se irritarem, amarem, gritarem e pecarem.

Tudo pra moça era uma grande conspiração.

As pessoas não passavam de zumbis e robôs, que seguiam aquilo tudo sem se perguntarem o porquê, a moça sentia graça, daquela grande palhaçada que era viver.

-Que engraçado! (Exclamou depois de uma gargalhada no detran). Perguntavam o porquê dos risos, ela simplesmente respondia com sinceridade e sem retórica para decodificar palavras do seu mundo com o mundo mesmo, -É engraçado esse monte de pessoas sentadas, esperando serem atendidas por outro monte de pessoas. Cabeçinhas ocupadas...

Ninguém entende a graça da moça.

Tudo pra moça era uma grande conspiração.

Nenhum Sr.Humor decifrou se aquelas gargalhadas faziam parte da ironia, do sarcasmo fino, da ignorância, lucidez, ou um fato que ela já houvesse vivido, nos risos da moça nada foi encontrado. Mas eram gargalhadas tão engraçadas e vivas que contagiavam os "moles pra sorrir" e os curiosos pra descobrir.

E assim a moça saiu a cantar: "uôuô shalálá..."

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