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segunda-feira, 19 de março de 2012

outro mundo

"Até no riso terá dor o coração; e o fim da alegria é tristeza." 
Provérbios 14:13 
As vezes eu choro sem querer, uma lágrima roubada cai lentamente do meu olho sem permissão e bem escondida ela vai descendo pelas curvas da minha narina e a experimento lembrando do mar, é tão fina quanto um fio de cabelo. Na verdade, talvez não seja tão de repente, mas de repente, é desconhecida, talvez por isso depois dela desça mais umas duas ou quatro, porque não há medo maior do que o medo do desconhecido. E é difícil controlar o que não se entende, controlar o que só se sente. 
Ai eu rezo, rezo pra não perder o foco, o sorriso, o útil. Rezo até ficar calma, dá certo. O que dá errado é que eu sempre me pergunto se fiquei calma porque rezei até cansar ou se rezei e por isso fiquei calma. Eu fico ali, perdida nos sonhos, sonhos sujos de outro mundo, quando acordo fico meio em branco, está ai casa de sombras? Estou aqui fora, mesmo com muito medo, estou aqui do lado de fora. Acho que finalmente entendi, o medo talvez seja minha grande missão, cabe a mim enfrentá-lo apenas aprendendo a lidar com ele, afinal de contas: sem medo eu atravessaria ruas com atropelamentos, coragem não seria nada sem o medo. 

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