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sábado, 15 de agosto de 2009

In-fêrnizando

Ela não é mais bonita que eu. Tenho que tomar remédio. Que horas são? Eu não comi ainda, esqueci. Minhas unhas cresceram. Digitar com todos os dedos, digitar o mais verdadeiro que eu conseguir. Abrir o livro e marcar a página, abrir a boca, abrir a carteira. Não consigo atender o celular, ele não me espera. Eu estou com sede ou estou agoniada? Essa caneta não presta, por que não me desfaço das coisas tão bem como minha irmã...?
Eu era mais organizada. Ele tá olhando para mim? Queria chocolate. Não sei mais varrer casa. Minha sapatilha tá velha. Por que eu sou desse jeito? Ah! Eu trouxe meu caderno, ainda bem. Esse livro é bom. Tenho dentista terça. Não vai chover, não quero saber, odiei aquele comentário. As pessoas não aceitam! Onde que tem papel aqui? Se ele existisse, serve para quê? Essa blusa tá mostrando o sutiã. Melhor prender o cabelo. Eu podia largar de ser besta...Essa mulher não para de falar! É, hoje acabou. Halo, halo...gosto ruim na boca.