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Mostrando postagens de agosto, 2008

Um coração azul.

Fernanda entra no quarto da mãe, foi tão de repente, sentiu saudade de um contato familiar. Elisa está deitada na cama, cabeça mais alta pelos travesseiros, com livros espalhados ao seu redor, amarrotando levemente o lençol. O quarto está frio, ar condicionado ligado, o chão também, Fernanda então aproveita para deitar-se ao lado da mãe e escrever seus rascunhos para a redação que teria que entregar na quarta-feira, os travesseiros são poucos para Fernanda, não levantam sua cabeça o quanto queria, ela queria estar exatamente na mesma sintonia que a mãe, lado a lado, centímetro por centímentro. Pergunta-lhe então: -Mãe, aonde está meu coração? Elisa, abaixa a folha de papel que lia e confusamente olha para Fernada. -A senhora sabe onde está ou onde deixei meu coração? A mãe, confusa, responde: -Quê...como assim? -Estou te perguntando se a senhora sabe onde está meu coração. -Quê isso menina? Endoidou? -Hãm? Como assim? -Você disse coração, não? -Sim, meu coração azul mãe! Onde está? -Ma...

Como anda meu mundo.

Prometo. Nunca mais direi sempre. Muito menos que sim. Porque à partir de agora exceções prevalecem sem nenhum pudor ou ressentimento. A dúvida já andou comentando comigo que estará comigo eternamente, a porcetagem de meus delírios, jamais será 100%, cem é útopia, cem mesmo, só a morte e ainda assim, ela nem nos diz quando, como e onde. Nada é um caos. Tudo volta ao começo. E eu? Contínuo, mesmo assim, a seguir minha rotina, a dizer as mesmas palavras, a mudar de humor repentinamente. É isso que me deprime. Vejo vantagem em pensar nessas coisas, a chegar em um ponto de super saturação, e às vezes de quase estourar minhas cachoeiras dos olhos, de tanto perguntar, perguntar, e quanto mais me pergunto mais surgem situações "X's" e emoções "Y's" disfarçadas de resposta. Mas como eu me disse outro dia, não vou aceitar esse tipo de resposta, esse tipo de resposta é simples demais para meu tamanho conflito, talvez até seja simples mesmo, mas que injustiça seria ser...

A tal da primeira vez...

Por instruções médicas, vovô deveria fazer caminhadas. Vovô é muito tradicional, duvidamos muito que ele fosse fazer algo novo. Por idéias de Vovó Dorinha , a família deveria presenteá -lo no churrasco do dias dos pais com um par de tênis , e roupas esportivas, para a situação dele se facilitar e não haver desculpas, popularmente escrevendo: "para a situação dele se tornar meio caminho andado." Foram 71 anos, e seus pés só conheciam chinelos e botas. Sábado, em outro churrasco de família, Vovô Fernandes comenta para papai: -Eu acho que se estivesse de bota naquela avenida, não ia conseguir não ó...

Movida a ...!

Cursinho, domingo, oito da manhã, aula de biologia, Júnior. Aula: Órgãos sexuais. Júnior diz: "Nós vamos estudar os órgãos sexuais femininos e masculinos, mas o vestibular, cobra mais o feminino, que é muito mais complicado, detalhado, e interessante claro! (deu uma risadinha)." (Meninos riem, meninas se entreolham.) O professor falou de tpm, situações engraçadas, ciclo mestrual, etc... Tpm é uma coisa interessante. Pensando bem, fiquei até um pouco chateada de saber que não tenho livre-arbítrio, sou movida pela minha...é...meu órgão sexual? Segundo ele, nosso humor tem a ver com o estado que se encontra nosso organismo. Então tensão pré mestrual, é uma tensão porque o corpo quer se preparar para algo. Isso quer dizer que se o corpo se prepara para algo nosso humor fica tenso, assim como estamos ansiosos com algo que vai acontecer, nosso corpo quer gravidez, se não tem gravidez, humor alterado novamente. Agora entendi melhor porque tem dias que maquiagem é insuportável e outr...

Percepção do dia.

Saber o que vou escrever anda difícil pra mim. Desacreditei totalmente na mágica da respiração interna (leia-se inspiração), e acredito que escrevo quando sei apenas. Começei a perceber que sempre nos rascunhos de um começo de redação começo do fim para o começo, papai disse que é porque já tenho a idéia formada do determinado assunto, hoje estou muito louca, louca mesmo. Caçei conversa (leia-se enchi a paciência) de quase todos os meus colegas de classe de manhã, todos disseram ser o suco do Cleumar - Dono da cantina- com glicose ou droga (zueira adolescente) e que por isso eu estava alterada. *** Sábados e domingos mudaram pra mim, tenho aulas nos sábados as três da tarde, domingo às oito da manhã (no cursinho).

Sobre os professores do "Nerd's"

Os professores são muito engraçados e bem humorados, "cabeças" mesmo! Mas por mais alegres que eles transmitam ser, por mais bem humorados que eles estejam, nós -alunos- sabemos que quem enfrentará a "onça" (vestibular) é somente a gente. O professor de biologia é muito hilário, a primeira aula dele foi semana passada, fiquei até tensa com aquelas palavras saídas da boca, informando suas regras, sua personalidade e o procedimento de suas aulas. Muita atitude e bom humor além de piadinhas e trocadilhos a mil! "E se ele apontar pra mim?" pensava, torcendo ao contrário. Nunca pensei que biologia podia ser passada gostosamente bem como agora. Ele grita, bate a cabeça, enrola as palavras e dá umas risadas de louco propositalmente. O nome dele é rogério. O professor de história, já se encotra melhor e de barbicha! (ficou + lindo do que já é ^^) depois daquela desilusão amorosa que todo mundo ficou sabendo. As aulas dele não mudam. São ótimas no cursinho e ótimas...

Como ando...

Minha vida anda correndo pra não dizer corrida (falando nisso, e as Olímpiadas?) Cheguei do cursinho "varada de fome" ataquei as panelas indefesas e cheias. Sentei-me na poltrona verde, com o prato no colo e acompanhei sentada em uma posição nada correta, de uma moça decente se sentar, nem de uma visita ver, e comendo e pensando em outras coisas assisti o que se passava na tv - sportv. "Que nadadores lindos meu deus!" dizia eu diante daqueles corpos e alturas. Então, Ouro! Achei muito engraçado. "Porque o destino quis que eu visse?" perguntei-me. Ando tão sem tempo pra tv, pra pc e casa e além do mais sou uma péssima torcedora. Chegar em casa e ver o nadador brasileiro (é cézar ou césar?) ganhando nossa primeira medalha amarelinha ME emocionou ,por incrível que ME pareça. Talvéz seja porque a ndo com a música dos Crambearries na cabeça, aquela: "In your head, In your head, zombie zombie..." (Zombie o nome.) -Conhecem? Poisé. Hãm...Ah,estou fazend...

Acabou.

Nada mais a de se fazer. Resta esperar, "a vida não é assim?" Menina danada, fico aqui nas lembranças daquela monotonia desejada. Na v ontade de ter andado de bicicleta pela rua à fora mais vezes. De ter abraçado mais: carne, osso e sentimentos. Ai ai... madrugadas de mãos cheias de estórias pra contar nos cadernos velhos que só nessa época são pegados com vigor. Séries esperadas e assistidas orgulhosamente. Momentos de zuação. De comilança sem preocupação! De vestir qualquer coisa! De não calçar nada!De rir e observar aquela planta que sempre está ali. Ela me despedaçou, eu a desejei e a cobri de beijos até cair a boca! Mas a danada é menina má, me deixou aqui, na depressão da palavra "pós". E como sempre deixou aquele bilhete, com as seguintes palavras: "Volto daqui a 4 meses, te amo também." (Como ela se acha! Mas eu amo mesmo assim.)

Tudo pra moça.

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Não sentia dor nem amor . Sentia a angústia de nada sentir. Tudo pra moça era uma grande conspiração. Ficava impressionada com a ousadia das pessoas se irritarem, amarem, gritarem e pecarem. Tudo pra moça era uma grande conspiração. As pessoas não passavam de zumbis e robôs, que seguiam aquilo tudo sem se perguntarem o porquê, a moça sentia graça, daquela grande palhaçada que era viver. -Que engraçado! (Exclamou depois de uma gargalhada no detran). Perguntavam o porquê dos risos, ela simplesmente respondia com sinceridade e sem retórica para decodificar palavras do seu mundo com o mundo mesmo, -É engraçado esse monte de pessoas sentadas, esperando serem atendidas por outro monte de pessoas. Cabeçinhas ocupadas... Ninguém entende a graça da moça. Tudo pra moça era uma grande conspiração. Nenhum Sr.Humor decifrou se aquelas gargalhadas faziam parte da ironia, do sarcasmo fino, da ignorância, lucidez, ou um fato que ela já houvesse vivido, nos risos da moça nada foi encontrado. Mas era...