sair de um lugar
De repente percebi que estou perdida. Admiti, depois de muito insistir que estava feliz e tudo bem e fiquei triste. Triste, triste e tão triste que minha cabeça doeu de tanta tristeza. E vez ou outra ela volta a doer pra tristeza ficar e passar mais um pouco. Então, me lembro de quando os sonhos eram maiores, dispersos, confusos, mas eram sonhos, sonhos até o fim. Quando eu era mais jovem ter decisões fanáticas era fantástico. Me lembro também como sempre tive tempo, mas nunca soube usá-lo. Como sempre fui profunda, mas nunca consegui não me afogar nas coisas, nas pessoas, nas minhas escolhas certas e erradas. Ninguém me vê. Nem eu mesma... sou matéria, mas a maioria das vezes esqueço perdida no meu invisível, no meu ego, na minha mente que todo dia descubro ser o diabo. Criaram-me salgada. Não sou uma mulher doce, carinhosa. Salgo por onde passo. Me repugnam. Tampam a panela. Nunca quiseram me comer com as mãos. Acordo procurando respostas que eu não sei direito. E os bares pe