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Mostrando postagens de 2013

Descascando essas condições

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E vaporar é estar nos lugares menos prováveis, com a mesma cor de cabelo, gastando dinheiro com roupas que encontrem meus reais motivos de ser significada, ai meu deus... ai meu deus... nunca tive tanta vontade de ser incrível como agora, é isso! Bem, me disseram que isso vai passar quando eu piscar meus olhos. Piscarei meus olhos economizando apenas para novos lugares, e comendo muita comida gostosa. Se eu quiser, deixa que eu repito, se eu quiser, deixa...Deixa, eu ir fazendo minhas coisas, sabe? Essas que vocês não fazem porque preferem assistir televisão, essas mesmas que vocês acham que não é nada e sempre me perguntam porque eu não compro uma Tv.  Saiam da calçada, tentem bater a campainha sem esses dedos nervosos, eu estou ai dentro. Completamente por dentro de deixar a luz do dia chegar e o primeiro raio de sol anunciar meus amanheceres.  Afastem-se da calçada se não forem entrar, que eu vou andar de bicicleta, serei metamorfose constante. Não me peçam pra por c

Isso que tu é.

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Nunca consigo andar do lado.   "Me espera mulher",  ele sempre fala, e eu sempre na frente querendo ser a primeira a ver as coisas, mostrar as coisas, dizer como vi as coisas, e como as coisas me viram.   "Mulher, tu tá correndo de quem?" , ele repete sempre com a mesma ironia, e eu lá... sempre respondendo com poesia.   "Das minhas dores Judi, das minhas dores!"   , ele sorri impressionado, acho que ele nunca espera meus mini-poemas na rotina. Aí eu saio falando desembestada do que eu quero, e as vezes dos sintomas das paixões que ficaram preto e branco e das que chegam desesperadas, das que eu não deixo, e das que deixo e depois preciso urgentemente descolorir, se ele sente também, se é só comigo isso, se ele fica doente, se ele quer matar, morrer, bater, crer e rodar, rodar até ficar tonto no meio da rua.  "Você é doida trem, doida!" "Me ajuda, você sempre desama bem."  Sempre o procuro toda manhosa, ai ele fica tentand

Nunca mais aqueles beijos de maconha.

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N ão é que com esse eu tive coragem desde o começo, nem que com esse eu chegava em casa escrevendo bobagens e não sossegava enquanto não escrevesse sobre aquela sensação de estar na  terra do nunca  com o Peter pan, porque alguma coisa em mim dizia que um dia eu ia querer lembrar como estava maluca e perdidamente encontrada. É que alguma coisa em mim não estava nem aí, alguma coisa em mim não tinha nada a perder e se entregava sem avisos. Então, não é que com esse eu pegava ônibus cantando, nem que com esse eu fiquei mais atenta, mais caladinha pra escutar o que a imagem dele tinha pra me fazer sentir... é que o medo... Bom, o medo era alguma coisa de nervosismo, de não saber como seria se ficássemos pele a pele, era bem menor e coisa ingênua como esses amores de recreios de escola. Com esse, eu na verdade, não consegui jogar, isso era curioso. Não consegui estabelecer tantas regras como das outras vezes, e tive um espaço bacana e acho que mantive bem todos os meus exageros. Nã

Cometa de escravos

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ninguém entende, ninguém entende...é que com esses meninos o mundo sempre vai acabar amanhã de manhã, o mundo sempre vai se reinventar quando o dia amanhecer, os postes são holofotes, a risada é garantida, não é proibido falar pornografia, e os problemas ficam vermelhos de vergonha com as nossas danças, somos intermináveis poemas pelas esquinas da cidade, somos flores que não murcham fáceis e amores sem sofrer, nós somos todos desatinados e destinados para nos encontrar!  Está tudo nos relatórios dos deuses, ainda éramos crianças, estava prescrito para que não sofrêssemos de existência separados, estava prescrito que os deuses sorriam com todo seu poder e suor cheirando a vinho, e diziam: " eles vão compartilhar canções de músicas que ninguém entende, de músicas que ninguém entende! ", então vamos assinar nossos nomes, vamos nos comprometer! Meta! Meta! Que grande merda isso que somos, nós somos um cometa de escravos da rotina, é isso que eles querem, temos que obedecer

trechos de Ame e dê Vexame...

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Eu, já disse que adoro os conselhos dos meus novos amigos anarquistas? Esse livro é um deles...

o maior fazedor de trança da cidade

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- Pai o Sr. sabe fazer trança? -Minha filha lá em Carolina no Maranhão eu fui o maior fazedor de trança da cidade! -Para pai, eu to falando sério, eu mandei as meninas da sala ‘tudin’ ir de trança amanhã na escola, e eu não sei fazer trança de três, só de dois. Só que de dois não segura, meu cabelo é meio liso... -Acredita no seu pai minha filha, pelo menos uma vez na sua vida. Peguei o pente meio desacreditada, eu devia ter uns 12 anos de idade, quando sentei papai pegou uma mecha do meu cabelo e outra, e começou confuso a enrolá-las. Típica trança de dois. -O que o Sr. ta fazendo não é a trança de três pai! -Não? -O Sr. não sabe fazer trança de três coisa nenhuma! -Perai, eu to entendendo o sistema do seu cabelo... “ Não sabe fazer e fica falando que sabe! ” (eu pensava injuriada.) Papai não sabia fazer trança de três, no “ perai ” ele começava a aprender e em alguns minutos depois eu tinha uma trança de três no meu cabelo, entretanto toda torta

tem uma caixinha de música no seu peito

manda dizer que faltam dois dias pro verão de julho acabar e que consegui viver o tal de ' amor ' de verão dentro dele. Foi a coisa mais doida do mundo, aconteceu tudo ao mesmo tempo, um fantasma finalmente indo embora, e a luz dos olhos de um louco, infestando todo meu juízo com pouquíssimas palavras e alguns palavrões. A revolução começou por fora, pisquei e não é que estava aqui dentro? Da barriga para o peito? A gente nem se declara, cara... é uma coisa maluca de olhar mesmo. Preparado ele não está, tem cadeados por toda sua alma, mas de vez em quando ele denuncia aonde estão as chaves, talvez ele espere ser aberto... mas isso eu nunca poderei fazer, gosto que me deem as chaves nas mãos, ou que abram e me mostrem como visita, nesses casos nunca acho boa ideia procurar por coisa que são dos outros. Pra ser sincera, nem  me importa o futuro, e isso é tão sinistro, tem sabor de prova de amor, me enche de liberdade, de lembranças que não podem mais me afligirem a alma, e ainda

o caminho não será aberto

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C ompreenda, não de uma vez que nem eu compreendo cada passo meu dessa forma... se é pra eu ser a personagem principal, eu preciso agir, e eu começo dizendo que eu escolhi e escolho ir pela floresta. Não é assim, vocês precisam entender quantos bichos eu carrego nos poros da minha pele macia, são espíritos de animais selvagens, de animais que querem sair, mas ainda não alcançaram plena liberdade pra se despedir completamente da maldição do meu corpo, a chave está a caminho, metade dela na minha alma, e a outra metade na passagem que eu devo seguir. Preciso seguir a abertura, aonde devo chegar? Por quem? Para que? E depois? Por favor, por favor...não tente me segurar pela capa, não dite o caminho das pedras, não faça isso de encher meu coração de preconceitos estranhos, porque depois ele vai me cegar a ponto de não me fazer enxergar o óbvio, e é lá que está todo o sentido e lado bom da vida. Vamos! Não tem magia, não precisamos ser levados, nossas asas são os pés, não importa se a

Nossa vontade de estarmos sempre encantadas

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Imagem do Filme "Da magia a sedução" que assistimos milhares de vezes. Batemos em todas as campainhas da rua, depois descemos a ladeira na bicicleta, as cestinhas pulavam pra fora na hora da descida e subíamos tudo de novo pra buscar. Outras vezes caíamos feio e esfolávamos cotovelos e joelhos, não podíamos mais ser modelos então plantamos um pé de feijão com algodão que sempre morria,   ai b rincávamos de escolinha, enquanto arrumávamos uma sala de aula de mentira, éramos só duas meninas, mas de repente minha mente e a dela entravam em sintonia e naquela pequena área, pais, professores e uns 20 alunos de mentirinha e personalidades diferentes tomavam conta da nossa casa e imaginação. Eles se comunicavam com a gente, passávamos o que sabíamos pra eles, ai quando a gente cansava de dar aulas, uma virava  polícia e a outra ladrão, perseguição na casa toda, a escola acabava antes do sino tocar, uma corria atrás da outra até a outra cair e começar a chorar. Depois do chor

Essas coxias de vigia.

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Se virarem o mundo de cabeça pra baixo, eu vou mergulhar em milhões de hipóteses, esmiuçando uma por uma de tal forma que ultrapassarei com argumentos, defesas e testemunhas o prazo que o tempo me daria de graça, porém muito, muito demorado o que eu depois iria engolir junto a solidão com água e sal sem vomitar, tampando minha boca, enchendo os olhos de água e sal de novo e meu estômago dando trabalho.  Depois que ele der trabalho lhe darei férias, m inha mente deixara claro que é capaz de controlar todas as ânsias,  porque ela é quem manda nessa porra aqui. Ai eu vou destrinchar e destemperar todas essas culpas, elas vão ficar tão insossas, tão sem graça, tão sem sentido que vão virar uma grande merda e sair pra fora de mim num balão voador que voará pela cidade e cairá dentro de uma papelaria, pegando fogo em tudo, enquanto eu com uma máscara de gás, roubo uma porção de perdões coloridos, estampados, brilhosos e até uns mais discretos e camuflados. Saio correndo com uma bi

Depois da chuva do Caju

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Q uase atropelada, por viver no mundo da lua, agradeceu rapidamente ao céu por estar sempre de olho nela quando ela menos pensava em sorte e por sua 'não-morte' ter acontecido imediatamente. Quando deparou-se a sorrir de alívio, as nuvens gordas de orgulho pelo não acontecimento de sua própria tragédia, e o carro veloz pro seu destino de 'por um triz', deixaram a sua pueril vista uma figura estranha e sombria. É preciso deixar claro que ela não escolheu a solidão, foi a solidão que a escolheu. Era uma figura que parecia estar morrendo de sede e fome, assustada, vidrada, porém forte. O encontro de olhares entre as duas, era surpreso tanto de um lado como do outro, e sabiam por uma questão irracional de que ninguém mais ali na rua podiam se ver do mesmo jeito que elas. Entenderam juntas que seus olhos eram especiais. De tanto a solidão espiar a vida humana, acabou com algumas de suas imperfeições, a solidão meus caros: estava em dúvida se e garota podia mesmo perce

Em um relacionamento sério com a academia

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P osso dizer que academia/musculação hoje pra mim funciona como um relacionamento sério, e caso este conjunto de palavras soe como um fardo chato (Tá bom! Existem exceções rs), por que não então, deixar bem claro que a academia pra mim funciona como uma terapia ou muita diversão... (?) J á ouvi muita gente por ai, dizer que pessoas que frequentam academia são  vazias ,  fúteis ,  viciadas , enfim: endiabradas ‘ sem mel’ , como já dizia uma música do  Cazuza.  Quando ouço discursos como este, fico muito decepcionada, pois a facilidade em rotular pessoas que mal conhecemos ou que ouvimos ou vimos uma determinada situação e já deduzimos outras mil, sempre será mais  fácil  do que conhecermos suas reais causas, problemas e seus propósitos e objetivos que as move estar ali malhando e não em outro lugar...      Estou indo regularmente, quase que nos mesmos horários, outro dia fui a noite por conta de um trabalho da faculdade (e estava lotada! Me perguntei da esquina se havia festa p

Antes de me ensinar a passar Batom direito.

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Elisa, minha "linda" mãe (: No lançamento do livro (sábado passado) o poeta Osmar Casa Grande elogiou meus pais, papai como poeta, figura pública e também escritor, (um enorme e grande exemplo!) e mamãe como linda. Fiquei feliz, porém dentro do meu estômago surgiu uma enorme revolução. É que o poeta talvez não saiba como é difícil ser apenas linda, é que o poeta talvez não saiba o perigo de um bicho que sangra todo mês e não morre... Mamãe realmente é linda, mas por favor! Que nesse linda também esteja incluso todo o exemplo, garra e força do homem e sua grande sabedoria. Pois caso contrário, Simone de Beauvoir já deve estar se revirando no caixão!   “não se nasce mulher, torna-se” Mamãe é do tipo de mulher que teve a sorte de encontrar o amor da sua vida, casou-se, tem 4 filhos, sendo duas dessa leva, já escritoras! Uma de prosa outra de poesia, é também esposa há 22 anos de um poeta, advogado e professor conhecido na cidade. É professora desde a adoles