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quinta-feira, 21 de março de 2013

Em um relacionamento sério com a academia


Posso dizer que academia/musculação hoje pra mim funciona como um relacionamento sério, e caso este conjunto de palavras soe como um fardo chato (Tá bom! Existem exceções rs), por que não então, deixar bem claro que a academia pra mim funciona como uma terapia ou muita diversão... (?)
Já ouvi muita gente por ai, dizer que pessoas que frequentam academia são vaziasfúteisviciadas, enfim: endiabradas ‘sem mel’, como já dizia uma música do Cazuza. Quando ouço discursos como este, fico muito decepcionada, pois a facilidade em rotular pessoas que mal conhecemos ou que ouvimos ou vimos uma determinada situação e já deduzimos outras mil, sempre será mais fácil do que conhecermos suas reais causas, problemas e seus propósitos e objetivos que as move estar ali malhando e não em outro lugar...   
Estou indo regularmente, quase que nos mesmos horários, outro dia fui a noite por conta de um trabalho da faculdade (e estava lotada! Me perguntei da esquina se havia festa por perto com tantos carros na porta, que não vejo no meu horário), o fato é que quando cheguei no pensionato suada, conclui que dormiria tranquila por conta daquela satisfação enorme de não ter pulado esse compromisso comigo mesma.  
Sempre gostei de exercícios físicos, mas não sei por que raios uma parte da minha vida sempre fica sem eles e é onde eu me arrebento logo em seguida! Já fiz natação, karatê, ballet, jump, spining, muai thay, e também musculação. Não que sejam casos seguidos de desistência, mas sempre algo ‘muito importante’ roubavam-me o tempo de continuar a praticá-los.                    
Voltei pra musculação no tempo que dei pra mim em Araguaína. Confesso que comecei muito baixo astral, insegura, talvez até meio desacreditada, porém com a empolgação de uma grande amiga chamada Aline (que estava de férias, de um curso que rouba-lhe todo o tempo, mas que nem por isso ela deixe de lado) insistiu, persistiu e tomou a iniciativa por nós duas até que juntas começamos a malhar e se ajudar. E foi ai que a onda de quem gosta me contagiou! 
É que com o tempo, fui percebendo que aquele lugar testa meus limites e trabalha com um lado da minha mente e amor próprio que eu só consegui identificar estando regulamente lá dentro. É uma espécie de adrenalina na qual testa também uma qualidade de se pensar grande, pensar lá na frente, como vou estar, que resultado quero chegar, que resistência eu tenho hoje que amanhã estará melhor, e ao passar dos dias, quando percebemos que superamos alguns pesos e que nossa força e resistência aumentou, vem de repente uma “vibe” que engrandece nosso estado de espírito, o que aumenta nosso foco na nossa própria vida e alimenta boa parte do nosso QUERER dela. 
Digamos, que no meu caso senti um pouco de PODER. Poder fazer, poder incentivar, poder superar, poder de mudar, poder de sonhar e realizar, poder de olhar pra algo e transformar, poder tomar iniciativa, e poder principalmente se olhar no espelho suada, e se sentir extremamente PODEROSA por insistir, persistir e não desistir de si mesma.  

Pessoas vazias, fúteis e viciadas em alguma coisa boa ou ruim tem em todos os lugares! Na Universidade, no movimento estudantil! (Aham) nos congressos, na política, na igreja, na escola, dentro do ônibus, nos livros! (Yeah baby! Por que não ? ) enfim... quem sabe também um pouco dentro de nós mesmos...
Somos todos um pouco cheios de tanto vazio... mas garanto que somos mais vazios ainda quando insistimos não conhecer profundo a causa do outro e reproduzir preconceitos que constroem estereótipos, e não pessoas.

Um comentário:

Fernanda de Alcantara disse...

És desses malucos que o Diabo gosta e me faz acreditar que somos nós que damos voltas no mundo.
És desses que teoricamente está sempre distante mas praticamente sempre tão perto...
És desses preciosos, que de um jeito místico parece até conhecer os meus relógios...
És desses que surpreende tanto no sumiço como nas palavras.

(p.s: cometi tremidinhas nos olhos quando vi o comentário, uma grande surpresa e alegria veio a tona no meu peito... Feliz Páscoa!)