Posso dizer que academia/musculação
hoje pra mim funciona como um relacionamento sério, e caso este conjunto de palavras
soe como um fardo chato (Tá bom! Existem exceções rs), por que não então,
deixar bem claro que a academia pra mim funciona como uma terapia ou muita
diversão... (?)
Já ouvi muita gente por ai, dizer que pessoas que frequentam academia são vazias, fúteis, viciadas, enfim: endiabradas ‘sem mel’, como já dizia uma música do Cazuza. Quando ouço discursos como este, fico muito decepcionada, pois a facilidade em rotular pessoas que mal conhecemos ou que ouvimos ou vimos uma determinada situação e já deduzimos outras mil, sempre será mais fácil do que conhecermos suas reais causas, problemas e seus propósitos e objetivos que as move estar ali malhando e não em outro lugar...
Estou
indo regularmente, quase que nos mesmos horários, outro dia fui a noite por conta
de um trabalho da faculdade (e estava lotada! Me perguntei da esquina se havia
festa por perto com tantos carros na porta, que não vejo no meu horário), o fato é que quando
cheguei no pensionato suada, conclui que dormiria tranquila por conta daquela satisfação enorme de não ter pulado esse compromisso comigo mesma.
Sempre
gostei de exercícios físicos, mas não sei por que raios uma parte da minha vida
sempre fica sem eles e é onde eu me arrebento logo em seguida! Já fiz natação,
karatê, ballet, jump, spining, muai thay, e também musculação. Não que sejam
casos seguidos de desistência, mas sempre algo ‘muito importante’ roubavam-me o tempo de continuar a praticá-los.
Voltei pra
musculação no tempo que dei pra mim em Araguaína. Confesso que comecei muito baixo
astral, insegura, talvez até meio desacreditada,
porém com a empolgação de uma grande amiga chamada Aline (que estava de férias,
de um curso que rouba-lhe todo o tempo, mas que nem por isso ela deixe de lado) insistiu, persistiu e tomou a iniciativa por nós
duas até que juntas começamos a malhar e se ajudar. E foi ai que a onda de quem
gosta me contagiou!
É que com o tempo, fui percebendo que
aquele lugar testa meus limites e trabalha com um lado da minha mente e amor
próprio que eu só consegui identificar estando regulamente lá dentro. É uma
espécie de adrenalina na qual testa também uma qualidade de se pensar grande,
pensar lá na frente, como vou estar, que resultado quero chegar, que
resistência eu tenho hoje que amanhã estará melhor, e ao passar dos dias,
quando percebemos que superamos alguns pesos e que nossa força e resistência
aumentou, vem de repente uma “vibe” que engrandece nosso estado de espírito, o
que aumenta nosso foco na nossa própria vida e alimenta boa parte do nosso
QUERER dela.
Digamos, que no meu caso senti um pouco de PODER. Poder fazer,
poder incentivar, poder superar, poder de mudar, poder de sonhar e realizar,
poder de olhar pra algo e transformar, poder tomar iniciativa, e poder
principalmente se olhar no espelho suada, e se sentir extremamente PODEROSA por
insistir, persistir e não desistir de si mesma.
Pessoas vazias, fúteis e viciadas em alguma coisa boa ou ruim tem em
todos os lugares! Na Universidade, no movimento estudantil! (Aham) nos congressos, na política, na
igreja, na escola, dentro do ônibus, nos livros! (Yeah baby! Por que não ? ) enfim... quem sabe também um pouco dentro de nós mesmos...
Somos todos um pouco cheios de tanto vazio... mas garanto que somos mais vazios ainda quando
insistimos não conhecer profundo a causa do outro e reproduzir preconceitos que constroem estereótipos, e não pessoas.
Um comentário:
És desses malucos que o Diabo gosta e me faz acreditar que somos nós que damos voltas no mundo.
És desses que teoricamente está sempre distante mas praticamente sempre tão perto...
És desses preciosos, que de um jeito místico parece até conhecer os meus relógios...
És desses que surpreende tanto no sumiço como nas palavras.
(p.s: cometi tremidinhas nos olhos quando vi o comentário, uma grande surpresa e alegria veio a tona no meu peito... Feliz Páscoa!)
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