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quinta-feira, 12 de abril de 2012

imensidão



Quanto mais o tempo passa, 
mais minha alma assa, 
mas o corpo compreende que já não te pertence.

Quanto mais o tempo passa, mais minha alma ri, 
mas o corpo carece, 
que da tua graça não tem mais por onde ir.

Quanto mais o tempo passa, 
mais minha alma guarda, 
mas o corpo seleciona 
que daquela história não tem mais do que a sombra do fim.

Quanto mais o tempo passa, 
mais minha alma salta, 
mas o corpo inflama que do nosso amor, 
encomendas há de vir.

Quanto mais o tempo passa, 
mais minha alma tem certeza, 
mas o corpo duvida dessa ída com correnteza, 

Quanto mais o tempo passa,
essa volta tranquila ganha o tempo
 que desse tempo traz o vento 
que chove de notícias 
as quais só querem meu doce tormento 

Mas quanto mais o tempo passa,
 já não mais o tenho...
já não mais ,
já, não.

E quanto mais o tempo passa,
minha alma viva,
morre o corpo e afirma:
não seremos mais que dois fantasmas de um quase e de um não.



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