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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Do esconda.

Um. Foi por causa de tantas surpresas feitas. Dois. E também das despedidas tristes desfeitas com telefonemas arrebatodores de "estou aqui, abra a porta", seguidos de um beijo sem explicação e fôlego, com juras de amor e muito ardor, que... Três. O coração dela ficou naquele estado lamentável de esperança... 
Quando teria sido a última vez que seu coração teria batido na sintonia do nome dela?
Sei, que de "há qualquer momento" foi se alimentando por muitas madrugadas, que as vezes pareciam salvar seus dias que tentavam por tudo não serem tão pessimistas. Outrora, parecia saber que estava se  iludindo ferozmente, pra não doer tanto o fato dele simplesmente não estar insistindo,  pra não doer tanto o fato de não poder falar explicitamente sobre amor diante de tanto desatino. 
E naquelas tardes, ela era capaz de morrer e ressucitar três vezes, em todo aquele fingir querer saber as horas que na verdade não passavam de uma espera louca por uma pitada de sal dele. 
Junto as células  de seu corpo, ele já estava mais do que morto, com todos os minuto saturados  que se esvaem tragicamente na desconexão que perpetua-se, ao dar-se conta de que não é mais tão importante.   De repente, os destinos que dançavam juntos, começam a  brincar do esconda, e se desmembrar a força e em passos largos, fazem questão de não avisar pra onde vão, vagando com prepotência,  acabam por machucar em gritos finos um pobre estômago menino.

Um comentário:

Unknown disse...

Nunca se sabe ao certo onde foi o desencontro crucial nesse "esconde-esconde"...