E poder
Queria entender minha mania de certeza O meu medo da verdade Minha angústia estonteante Meu dormir e acordar sustentado em memórias e sonhos. Queria me estender do tamanho que sou até agora, sabe? Me jogar para frente, me amassar toda, me empurrar a força, E então poder e poder e poder e poder me atravessar! E então, poder e poder com as mãos me segurar do que eu ainda não sei, do que ainda não sou capaz de enxergar. Ah! Eu queria me render e conversar com os meus limites. Hostiliza-los quem sabe Conecta-los as minhas pequenas medidas Mastigar um por um Soltar com os dedos E quem sabe dar a língua Eu queria soprar minhas feridas. Comer bolos de aniversário, Mas olha só… eu queria era controlar as coisas. E quando se quer isso, são as coisas que te controlam no final. Isso eu já entendi… Disso eu já brinquei… Isso eu tenho certeza… E que tolas e miúdas são essas certezas que eu quero desde o início, afinal.