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Mostrando postagens de agosto, 2011

Prefira as bicicletas

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Quando eu tinha sete anos, um dos motivos que me fez não desistir de aprender a andar de bicicleta sem rodinhas, foi a garantia que me deram de que eu nunca mais me esqueceria depois que soubesse. Lembro que sem saber pedalar eu ja gostei da bicicleta, e subia nela todos os dias, fingindo saber pedalar, arrastando sempre meus pés no chão pra não cair. Fazia então, aventurosos passeios pelo quintal da minha casa, pela área, e sentada nela, entretanto sem pedalar, eu tinha gosto de arrastá-la comigo por todo lado. É que naquelas tentativas, naquele faz de conta que eu sei , amanheciam dias que buscavam muito mais que um simples manter o equilíbrio , eu estava buscando o equilíbrio eterno , aquele que me garatiram que ninguém jamais iria conseguir me tirar. Não era a bicicleta em si que me seduzia, mas sim o que ela podia me propocionar a buscar. Ao contrário de mim, a garantia de que uma vez aprendido a andar de bicicleta era pra sempre, não seduzia minha cara irmã Nina. Ela morria de me...

Alice desse país

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A sensação encaixa-se perfeitamente as instruções daquele filme, Resident Evil . Para quem não lembra, a história começa com um imprevisto na coorporação Umbrela, a qual faz experiências genéticas,  e num acidente espalha um vírus terrível, o qual torna o ser humano num zumbi que precisa loucamente se alimentar de outros seres, e que ao morder os contagia, aumentando dessa forma o número de zumbis. Alice no entanto, é  um projeto programado para que esse número não aumente.  Quando menos se espera ou está começando a ficar bem, a terrível sensação vem vindo de beirada,  atormentando a temperatura da pele, dificultando a concentração que  te distraia e lembrando que você é muito frágil. Não sei se é efeito dos remédios, do apoio familliar, espiritual ou verdadeiros amigos, mas quando vem vindo um zumbi, quando a presença ou o cheiro dele já se manifesta, e eu percebo que ninguém mais está ali pra me defender, e nem que minhas pernas cansadas vão correr, eu aperto...

Aqueles poucos kilos que resolviam ficar.

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"Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade . A liberdade não é um fim, mas uma consequência." Léon Tolstoi Quando eu ia acordando sozinha naqueles dias, também vinha vorazmente minha dor, e ela vinha não me deixando respirar direito, retirando aquele sonolento sossego, me pertubando de culpa e me avisando o quanto eu não podia ser feliz depois de ter vivido todo aquele pêteco . Um dia, em meio a desasosssego, eu resolvi acordar e ir direto para onde o sol me atingisse, e ele se inundou na minha pele e me aqueceu de tal maneira, que não deixava mais eu mesma me congelar. E por acaso, eu finalmente tinha com quem contar, pois assim que amanhecia, e eu ia acordando, e vorazmente também viesse minha dor, em meio ao insuportável acordar sozinha eu me entregaria ao sol, e ele me acenderia naquela agradável certeza de que sempre estaria lá fora, não me esperando assim que eu acordasse, mas apenas amanhecendo os dias como simplesmente lhe cabia...

Sobre viver

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  Jó 11.16-19 - "Pois te esquecerás dos teus sofrimentos e deles só terás lembrança como de águas que passaram. A tua vida será mais clara que o meio-dia; ainda que lhe haja trevas , serão como a manhã. Sentir-te-ás seguro , porque haverá esperança ; olharás em derredor e dormirás tranqüilo . Deitar-te-ás, e ninguém te espantará ; e muitos procurarão obter o teu favor." Pensando bem, antes de você eu adorava comer e não tinha problemas no estômago, eu adorava ficar sozinha e a solidão não me trazia tanto tormento, eu tinha mais amigas e viajava com elas, eu dançava  livremente no meio do supernercado sem  ter medo de "querer estar chamando atenção", eu visitava mais minha família, eu saia apenas pra dançar e sorrir sem nenhum problema, eu lia mais e escrevia coisas mais  curiosas beirando a alegres, eu era vista como diferente e divertida por todos os lugares que passasse e eu tinha mais crises pessoais. Pensando bem, não deve ser normal se sentir mal por pedir...
eu sinto tanto a sua falta, que meus braços queimam sem haver fogo, mas eu sei que não é falta de você, porque se fosse, tua presença me acalmaria, é falta de quem acreditava que no final tudo daria certo, uma falta doentia,  mas que tenta diante as lágrimas perdoar, porque parece ser o caminho mais fácil de encontrar a praia...eu fui derrubada daquele barco que construimos de brincadeira, não fui? Sinto-me a deriva.

Do esconda.

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Um. Foi por causa de tantas surpresas feitas. Dois. E também das despedidas tristes desfeitas com telefonemas arrebatodores de "estou aqui, abra a porta", seguidos de um beijo sem explicação e fôlego, com juras de amor e muito ardor, que... Três. O coração dela ficou naquele estado lamentável de esperança...   Quando teria sido a última vez que seu coração teria batido na sintonia do nome dela? Sei, que de "há qualquer momento" foi se alimentando por muitas madrugadas, que as vezes pareciam salvar seus dias que tentavam por tudo não serem tão pessimistas. Outrora, parecia saber que estava se  iludindo ferozmente, pra não doer tanto o fato dele simplesmente não estar insistindo,  pra não doer tanto o fato de não poder falar explicitamente sobre amor diante de tanto desatino.  E naquelas tardes, ela era capaz de morrer e ressucitar três vezes, em todo aquele fingir querer saber as horas que na verdade não passavam de uma espera louca por uma pitada de sal dele. ...
Por favor, peça em suas orações para que suas promessas saiam da minha cabeça, eu não as aguento mais.
Sua formalidade me machuca.