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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dobrado



Como era difícil encontrar algo que não estava nem em conta gotas dentro de mim. Disputar com todas, por não saber o que eu mesmo gostava. Aceitar um amor daquele tamanho por não ter espaço dentro do peito nem pra mim. Difícil... como era difícil dar amor, retribuir, agradar, elogiar, distinguir...se não tinha o próprio amor nas vasilhas, no espelho, nos sonhos perdidos. E era difícil ser ela mesma e não a moça atropelada, ser ela mesma e não a moça que já amara, ser ela mesma e não a doida que abandonará, ser ela mesma sem comparações, sem fotos apaixonadas...
Como era difícil! Amar errado, amar sem o amor, e por isso também deixar que me amasse tão dobrado.

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