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Mostrando postagens de novembro, 2011

até mesmo os depedaçados

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Liberta todas essas pé ta las para o vento!  Parecem cada uma,  uma só,  e nunca mais serão vistas como tormentos despedaçados.  Nunca mais serão guardadas com medo de serem encontradas e tomara que sejam ganhadas sem medo de serem murchadas .  Que o vermelho lembre sempre algo pujante   e que chegue chamando atenção , como todo vermelho é capaz de fazer sozinho. Não quero mais desses vermelhos   sangue que se pressente vagamente por um sofrimento. Que essas pétalas voem para os ventos do norte  do leste oeste e sul  num despertar de corações mais corajosos para perto de mim  e que sejam espertas ao ponto de selecionarem (naturalmente) os fracos pra bem loooooonge de mim! Que eu possa acompanhar de perto os beijos mais calmos  e ba ti das dos corações que só querem aprender todos os dias um pouco mais. Que essas pé ta las aprendam em todos os seus voos que agora são apenas pétalas , e que o fato de um dia terem formado uma flo...

gordo e feliz

Toda vez que vamos pra praia e passamos pela sua cidade, eu olho para sua casa e espero ver o seu fantasma me dando tchau. De alguma forma, toda vez que eu ia pra praia, criei o hábito de olhar na janela do carro pra sua casa e dizer pra mim mesma que você estava ali, que morava ali. Então, mesmo que esteja morto, toda vez que eu passo pelo caminho de ir pra praia e olho pra sua casa, te chamo na memória e fica aquela confusão na minha cabeça, porque é difícil quebrar um hábito. Sinto sua falta, acho que a última vez que nos vimos eu nem sabia que era a última, mas lembro que você tava muito pessimista e você nunca foi assim, era até um exemplo pra mim a ser seguido, então aquilo me chamou atenção, além da sua magreza é claro, porque quando eu era criança meu referencial de avô era que um deles era gordo e feliz.           Sabe...eu me arrependo tanto de não ter trancado a faculdade aquele dia, talvez tivesse escutado milhões de históri...

assim como deus

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Sabe doutor? É como se houvessem duas mulheres de natureza distintas, bem fortes dentro de mim. Uma delas acha que é mais forte que a outra, só porque a outra sabe ficar calada de vez em quando e pensa bastante antes de agir, sendo bem sábia e surpreendente quando age. Ainda não sei qual delas costuma ganhar as pessoas. Mesmo assim, a mesma, sendo as duas uma só, assim como o deus cristão pode ser três, pensa que isso é passividade, e a outra deixa ela pensar isso porque ai indiretamente está sendo ativa. Elas são fortes doutor,  tão fortes que as vezes penso em acabar com uma delas, mas sei que estarei acabando comigo mesma, então eu me escondo dos meus próprios pulsos e me engano de qualquer ideia que tenha pensado.  Mas as vezes é difícil, juro que seria mais fácil acabar com todas e comigo. Juro que seria mais difícil desistir de mim. Apesar de me deixarem confusas, são elas que me tornam mais inteligente, mais bem humorada,  diria até que mais sex. A maioria das veze...

Quando eu não podia mudar o final

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Quando eu tinha 6 anos de idade, viajamos para a capital e mamãe disse que iríamos conhecer o cinema. Era 1997, Nina não sabia ler direito ainda, estava aprendendo. O filme era legendando, então lembro que mamãe comentava o filme baixinho pra Nina entender, e eu que ja lia, tentava acompanhar as imagens e legenda  rápidas na tela, daquela história emocionante chamada: Titanic. A sala escura me deixou um pouco distraída, lembro que teve uma hora que cheguei a olhar pra trás e fiquei impressionada com aquele monte de gente olhando pra luz ao mesmo tempo. Por muito tempo achei a Kate Wislet a atriz mais bonita que já tinha visto na vida, jurei que pintaria meu cabelo de vermelho quando crescesse e acho que o Jack (Leonardo Di Caprio) aparecia nos meus sonhos vez ou outra até a oitava série! Enfim, quando o filme chegava no final, meu coração ficou disparado e eu não queria entender que o Jack havia morrido congelado. Acho que até aquela idade, nunca tinha visto nenhum filme sem um ...

fica ali

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Do que eu sinto saudade ninguém pode saciar. Nem mesmo o príncipio de toda a saudade porque a saudade já se alimentou tanto, mais tanto, mais tanto, que cresceu ao ponto de ultrapassar ela mesma, petrificando-se em uma lembrança que já nem se quisesse, volta a ser como era. Uma saudade desgarrada, escrachada, enrustida, desmanchada e maquiada pelos véus do tempo. Uma saudade mágica, que de tão calejada, cicatrizou-se num último suspiro, num último respiro, num último delete, no abismo do nunca. E fica ali, sentada pra sempre porque sabe que é bonita e agradável, porque sabe que é útil nos momentos ociosos. Saudade indolor de tão adormecida, vitoriosa de tão merecida, amável mas sem nenhuma torcida.

um detalhe super importante

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Depois que se aprende o caminho, tudo fica mais vunerável, talvez até a gente fique um pouco mais fácil. Depois que estouramos nossos miolos nos mesmos pensamentos, percebemos que talvez seja melhor mudar de ideia, Depois que desacreditamos, demora muito pra acreditar de novo, mas quando vem, vem pra ficar num espaço bem maior e precioso. Depois que se permite ficar triste, ficar alegre é um desafio, por isso é bom que a tristeza venha sempre com hora marcada, pra não pegar ninguém desprevinido.  Depois que se sabe mais ou menos onde cada estrada vai dar, ler as placas deixa de ser um detalhe super importante pra passar a ser natural e automático. Depois que se perde a vergonha de ser bonita, estar sexy não tem nada a ver mais com ser vulgar. Olha, depois que se perde uma grande esperança, ela passa a nascer quadrada dentro da gente, e aparece assim... quando passamos um batom vermelho, por exemplo. Vai embora à francesa, nem percebemos, nem exigimos, os dias vã...