as senhoras não querem que eu escreva depois de velha que descobri que o amor é condicional, querem? pois bem, o amor é condicional. tirando o amor da cachorra que late por me ver ao chegar em casa, da cachorra que se vira do avesso para que eu faça um carinho, da cachorra que me vê triste, feliz, saudável ou doente, bêbada ou sóbria, com homem ou mulher, e ainda assim late e ainda assim se vira do avesso para que eu faça um carinho... Para ela é que não importa como eu esteja, com quem eu me deite, se tenho dinheiro, emprego ou o que é que aconteceu de errado. Incondicional. alguns estão próximos mas de repente não se importam mais com uma novidade da amorosa, da vida, escondem o assunto do momento nas conversas diárias que sempre foram curiosas em relação a tudo que remetia coração... BOOM! Lamentável, mas isso é o ser humano... condicionado. Quando eu dizia 'não, não gosta de mim desse tanto que pensa', riam de mim. quando eu dizia 'não, não me acham bonita desse tanto', viam em mim rebeldia e teimosia. mas era disso mesmo que eu estava falando senhoras... da condição de gostar e ver beleza no outro. Até que ponto é possível gostar do outro? Até que ponto desagrada pra sempre? Até que ponto se é realmente uma mulher fácil de gostar? de ser bonita aos olhos dos outros? Ao redor capto as várias fantasias alheias que pairam. semi conhecidos, semi colegas, alguns que até se consideram amigos...há uma pequetita frustração por eu não ser mais o ícone que grita, o incansável e protestante, a perfeita pra falar uma verdades, falar mal e depois dar um jeito de tampar meus olhos e ideias para me deitar com eles. infeliz e fingir que estou me sentindo bem depois do ato trágico para não deixá-los irritados e inseguros. e aí continua o papel de ícone, esbravejando como é bom ser crítica, mas listando péssimos sexos na conta, correndo riscos chatos em encontros, suplicando cuidados, pensando na falta de preparo para todas as carícias que trancada se chega...não entendo essa insistência, esse precisar que me disse ontem, era tão esperta... conseguiu mais separada do que junta, viajou mais separada do que junta, conquistou tudo depois e ainda tem seus entes... qual a parte do teu medo é realmente eu? qual a parte do teu medo estou realmente sozinha e arrependida lá na frente?
Junho & Julho (2025):
meio água meio abaporu na praia meio costurada e tropicalizando na cicatrização de uma parte da alma mês 6 que mês meio besta meio fera meio mordido, mês que voou como um carcará, comendo minhas decisões firmes e caminhos necessários, não me mando do vento atento eu sigo desvinculo desvinculo e arremeço novas estradas novos degraus passagem esquisita nostalgia cinza limites e medos enfrentam-se ao som da quadrilha, da reta final do texto, da linha que passa pelo rio tocantins, do teto de palha de Filadélfia, do limão que me ascende na caipirinha que traz o mês 7 perfeito e assombrado eu me levanto meio arranhada, descoberta, me misturo entre lágrimas, rio, cachoeiras e sorrisos pólvora… e adeus mulher! adeus e madrugada ê… um fluxo, um desmanche, com tintas de sol, travessia, segredos, com tintas de calor, mentirinhas e receios… verdade ou consequência? quem posso ser agora? tenho sede do que parece e vem sendo desenhado a lápis algo se esvai e fica apenas e essencialmente poético. (pr...
Comentários