A sensação é de que logo agora que eu entendi como as coisas realmente funcionam, eu não tenho mais a confusão daqueles dias. Eu queria estar dançando com todos eles. Mas naquela época em que eu dançava eu não entendia como as coisas funcionavam, eu vivia confusa demais. Eu perdi. Eu já sei e perdi. E no momento que encontrei as respostas em meio a tudo tão chato e horrível, eu agora me prefiro daquele jeito, confusa, quebrada, ingênua... Qual o sentido de ter as respostas?! Para onde foi todo mundo que sorria? Somos tão conformados agora... Onde estamos? Por que nos encontramos? Por que não dividimos mais a cerveja e estamos sempre tão sozinhos em nossas próprias casas? Por que deixamos de ser espertalhões? Eu podia ser um máximo a tão pouco tempo... eu não sou. O que eu nunca imaginei temer, se tornou realidade... Fiquei quadrada como os idiotas. Branco e preto que quando me misturo, só consigo ser cinza, cinza e quadrada como todos os idiotas que agora preciso conviver. Não tem coreto, não é mais festa, não tem xerox que pague... ah, como fomos felizes naquela confusão. Só sei que estou cavando, rastejando, perfurando e escalando para não ficar como eles, eu ainda não posso ficar como eles. Eu era tão original... não! Eu sou alegre, perturbada, mas com uma alegria genuína que me enchia de cores... Minha cabelereira nada teme, meus amigos nunca serão vocês... Meus amigos...ah, meus amigos...eles fazem ou conhecem lindas poesias... poesia nunca a de faltar em nossas mesas. Eu cheguei atrasada? Eu cheguei adulta? Eu cheguei depois que vocês foram embora? Qual capítulo eu perdi? Porque ficamos estamos tão longe uns dos outros... prometam que não vão se matar...
Junho & Julho (2025):
meio água meio abaporu na praia meio costurada e tropicalizando na cicatrização de uma parte da alma mês 6 que mês meio besta meio fera meio mordido, mês que voou como um carcará, comendo minhas decisões firmes e caminhos necessários, não me mando do vento atento eu sigo desvinculo desvinculo e arremeço novas estradas novos degraus passagem esquisita nostalgia cinza limites e medos enfrentam-se ao som da quadrilha, da reta final do texto, da linha que passa pelo rio tocantins, do teto de palha de Filadélfia, do limão que me ascende na caipirinha que traz o mês 7 perfeito e assombrado eu me levanto meio arranhada, descoberta, me misturo entre lágrimas, rio, cachoeiras e sorrisos pólvora… e adeus mulher! adeus e madrugada ê… um fluxo, um desmanche, com tintas de sol, travessia, segredos, com tintas de calor, mentirinhas e receios… verdade ou consequência? quem posso ser agora? tenho sede do que parece e vem sendo desenhado a lápis algo se esvai e fica apenas e essencialmente poético. (pr...
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