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Mostrando postagens de julho, 2011

Fênix

e eu vou queimando em busca de virar cinzas para ressuscitar de novo.

Eu era a bela da fera e não mais a adormecida

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Apesar de cansativas, em algumas brigas que ando lembrando e até sorrindo sozinha no ônibus elas também eram excitantes. Mesmo exausta, o desgaste aos poucos mostrava que não era só eu que ficava fora do sério, e antes de eu alisar minhas sobrancelhas com os dedos tensos, que avisava de certo modo, que em 15 segundos aquele carro ia explodir do meu lado, eu dava uma olhada em você por inteiro e via suas pernas a balançar, e era ali que eu te via como um homem que tem dúvidas, ressentimentos, nervos, inteligência, paciência, indagação, caráter e força, muita força interior. Porque diante dos meus olhos, você virava um enorme e forte dragão. O que era bem mais atraente que aquele semblante irritante de príncipe  narciso , perfeito e encantado. E você me respeitava, apesar de louco por confiar nos limites que nem eu conhecia, e fechava a porta antes que eu corresse, e escondia minhas chaves, escondia minha bolsa, escondia meu celular, escondia meus livros, desligava meu computador,...

Rãs verdes e geladas

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O sofrimento se parece com aquele que me fez quebrar aquelas xícaras, assim que cheguei em Palmas. Aquele dia eu me lembro bem, aquele passarinho não parava de cantar, meu coração todo amarrado trancava meu modo saudável de respirar, e já cansada de tanta angústia, de tanto sonho desperdiçado, tanta saudade e novidade sendo engolidas em formas de rãs verdes geladas , eu joguei as singelas xicrinhas contra o muro, contra o que é certo, contra o que elas servem, uma seguida da outra. O mais curioso, minha tia nunca perguntou por elas, isso me deixou um pouco frustrada. Não faziam falta?   Hoje, minhas mãos deram a ordem de novo, e quebrei um prato seguido de um grito que salvou uma lágrima que queria por tudo sair, e dessa vez eu quebrei no meio da rua, que é pra alguém sentir falta, notar a diferença, mudar alguns caminhos, rotina ou que pelo menos o vidro despedaçado provoque alguém que seja capaz de lançar uma praga da boca pra fora em mim, algum desvio do raio de sol !...

Dez facas sujas.

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Não quero pedir que pare de me chamar por esse apelido tão carinhoso, é só que cada vez que escuto (seja em música, seja em livro, seja por seu costume de escrever em sms; sutilmente não -e esperado) dez facas sujas de esperança perfuram meu peito. Essa infecção invade minha alma e cura pedaços do meu sofrimento, deixando meu organismo naquela dúvida constante se é esse mesmo o remédio certo desse novo começo. Que confusão na minha cabeça, quantos planos ainda insistem não serem desfeitos.  Agora ,  virou rotina,  amanhece e é só eu abrir os olhos e as cenas de coisas erradas que fiz e não passei a limpo, resolveram aparecer livres e desempedidas do que eu podia ter refeito. Lembra? Eu nunca lembrava bem...ou se lembrava não reconhecia. Não importa mais a hora, todo dia  nem que seja uma lágrima contada,  indubtávelmente também cara, me tira algumas horas de serotonina e obrigação. Nunca fui de contar dias, mas as pessoas que acompanham sempre dizem " Só? ", ent...