Um dia espero ser mulher pra sempre.

Uma frase pervertida, a olhada maldosa, os porcos no cio. Que eles não possam definir o quão grande você pode ser. Quem precisa de limite são eles. Sua grandeza não. Ir a um lugar. Sozinha. Na rua. É desde criança que se aprende a correr de “velhos sebosos”, dos “moleques de rua salientes”, dos “malucos com a pinta pra fora”, dos “bêbados impertinentes”. Você e sua irmã. Aprende-se cedo a fazer o plano de fuga e prestar atenção pra enxergar as saídas. Só depois é que fica óbvio que está em outros lugares. Nas festas, no trabalho e pro azar de algumas mulheres até dentro da própria família. Muitos porcos se sentem no direito de puxar seu cabelo, seu braço, apelidar, querer sua atenção com uma intenção, amaldiçoa-la caso se recuse a responder. Quando ficamos conscientes de que a liberdade de ir e vir não é TÃO nossa, é meio frustrante... “Sou minha mesmo?”. O mundo podia ser um lugar que jogasse mais limpo conosco, mas ainda não é. E há quem chore ser apenas elogio, proteção, pra não ...