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Mostrando postagens de outubro, 2016

Amanhã, quem sabe... pode ser meu dia.

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C ortei minha língua bem da raiz, não foi da ponta e nem do meio. Peguei a tesoura na segunda gaveta e cortei. Da raiz. Sangrou tanto, mais tanto... que nessa sala, eu só enxergo vermelho. Tem horas que eu acho que eu morri. Sinto gosto e cheiro de sangue. Estou angustiada, consigo entender tudo. De alguma forma eu ainda sobrevivo. Entalada e de maneira ruim, mas sobrevivo. Antes que infeccione, ou que eu caia dura no chão, não quero que ninguém se impressione comigo. Só quero que sirvam minha língua há duas mulheres que tem algo em comum. Ambas, mães solteiras e de belezas diferentes, e que por algum motivo pessoal, juntas, me passaram uma bela de uma rasteira. Com a minha ajuda, para variar.  Uma delas é a loira, há quem tive coragem de ser eu mesma sem mal conhecer. Achava ela elegante, simpática, e foi com toda classe que ela ardilosamente me expôs, e entregou os fósforos para a morena. Só mesmo eu cortando ...
Existe um punhado de verdades Aqueles olhares não eram de mentira Dentro de tudo que ainda não é coragem Minhas pequenas ilusões Nem precisam chorar Há vantagens E o resto dos anos pra acontecer Tem tanta coisa reprimida Não raciocino mais sem tendência Há uma torcida Grita-se Meu nome Há uma reza Teu nome E tudo que não foi dito Por deus! Nem toda cerveja do mundo Seria suficiente pra despistar Será que foi suficiente? Eu não tenho feitiços Nem desenvoltura Envolve todo meu calor Você tava cego Uma hora vai rolar

a verdade engoliu meu nome

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Não sou mais o que eu era. Tudo mudou. Há uma nova fase da qual eu não sei absolutamente nada a meu respeito. Sinto de perto os meus defeitos, e não sei sequer sentir os mesmos enjoos. Roubaram meu tesão foi cedo. Cedinho. Não sei onde ele está, nem se volta. Por aqui tudo dorme. E por ser outra, não sei também qual remédio devo usar,  nem se estou doente, nem se foi de repente, e o pior! Não sei nem mais se sou eterna... E eu era eterna até pouco tempo atrás, tenho certeza. Meu coração é quem sente. Me avisa de tudo, toda hora. Toda hora é hora de angústia e de procura. Quando eu quero adormecer, tudo está aceso e urgentemente querendo acordar. E quando estou acordada, eu me pergunto de que lado eu estou, e se não faço parte de uma grande ilusão. Ilusão da qual me é conveniente e sabe o preço da minha alma. Cada centavo dela. O caminho nunca será me entorpecer... e eu lá sabia se eu tinha preço! Eu me iludi de várias formas, é por isso que eu ainda estou viva... só por isso que...