Recriada, dona triste

Não há nada de errado com as flores, não há nada de errado com o amor que querem me dar, não há nada de errado com os favores, não há nada de errado com o dinheiro que me dás, não há nada de errado com as cores que eu tenho que usar, não há nada de errado com os meus brinquedos, com os sonhos sempre a procura de alguém, rodeado de corações, fora disso não há salvação... maluca de mim, maluca de mim... o que estás a pensar? Pobre, eu. Apenas pobre eu querendo buscar nem sei o quê, pra onde eu ia quando queria desenhar, ser própria paixão, renascida, recriada, dona, triste...mas do que sinceramente, sempre tão triste de verdade... Ao ver os três mendigos, na velocidade que a cidade me leva, de repente está tudo errado comigo... que rua enorme pra se habitar um castelo, que ambiente tão vivo, no romantismo do meu coração classe média, da poesia do meu estômago cheio, da alegria da conta de sapatos que pago pra que apertem meus pés, isso! Dilaceram meus calcanhares até ficar carne viva, m...