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Mostrando postagens de janeiro, 2015

As cores dos seres verdes que você criava e apareciam nas paredes brancas dos meus quartos.

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D eixamos rolar, e rolamos juntos naquele quarto pequeno, num ritmo tão envolvente que parecia mesmo que estávamos seguindo por uma estrada e paramos exatamente no mesmíssimo lugar. Pude sorrir, te fazer cócegas covardes, conversar sobre espíritos, dor, a reação das pessoas, seus clientes, nossos amigos em comum, sua plantinha secreta, cores, cabelos, magreza, comida e parávamos de falar pra nos satisfazermos e depois desenhar, desenhar muito feito quando eu era criança e queria esquecer as angústias da vida debaixo de um pé de manga do quintal, inventando mil e umas histórias e mais histórias nos papéis que daquela época podiam ser mágicos pelas minhas mãos. Você me contava sobre os passarinhos, tinha iniciativas legais, respondia minhas mensagens sempre com soluções e fazendo acontecer algo, era discreto, legal, manso, carinhoso e um bom ouvinte. O mais irônico disso tudo, é que você não sabe, mas foi a primeira pessoa que eu vi quando mal cheguei naquela cidade. Minha prima...

A mais puta verdade é que eu amo suas mentiras.

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T u é falsa. Me sinto enganada e implico até com o fato de você não ter usado seus óculos por tanto tempo ao conversar e sorrir comigo. Você não se importava de enxergar o mundo embaçado? De não enxergar meu rosto como ele era mesmo? Essa bagunça da sua vida maluca sem horário, o próprio trabalho, seu jeito de não escolher roupa pra ir no mercado e só me por na garupa, o dinheiro curto... se você tiver que escolher entre você e o seu amor você ainda escolhe seu amor, né? Será que eu ainda te conheço? Porque eu perdi aquela sensação de que eu estava com a garota mais legal e cicatrizada da cidade, de que nos conhecíamos de outras vidas, eu perdi a coragem que sua independência me dava, mas ainda amo o timbre da sua voz com preocupação se eu havia dormido bem, se queria comer alguma coisa e como entramos em algumas ondas de repente... Tu é ingrata flor. Tu nunca vai entender o que eu sentia por você. Eu te amo...mas, mil vezes ingrata! E agora você tem dois corações... Não preci...