Outra pessoa
Querer ser de novo, trazendo o bem e o mal, o desagrado e o conforto pueril, a memória do caminho atravessado. Aqueles olhares estúpidos, as palavras machucadas, um balde de gargalhadas num porão de escadas de lágrimas. Não desço, eu esqueço se sei nadar às vezes. A única coisa que eu sempre sei é que as batidas do coração parecem os passos de alguém que vai me pegar. O que eu possuo de fato? Parece ser tão verdadeiro e tão misterioso ao mesmo tempo, o que eu preciso pra enxergar? A vida me deixa cega das minhas posses. A atenção que concentro naquelas fraquezas, diminui minhas melhores descobertas, meus melhores atos de coragem. O que eu sou? Uma mulher ou um gato? Corro magrela desesperada, desesperada, onde está minha proteção? Porque preciso correr tanto? Sinto medo e carrego comigo sempre que me sento na mesa. Abro portas e calço sapatos. Tenho medo, vocês sabem como isso funciona de verdade? Então, eu me afasto. Quantos anos são precisos para aumentar as pinceladas de uma refor