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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Memória faminta.

Eu lembrei que possuia um chão vermelho que soltava tinta, sinal de que o consultório era barato. As poltronas com estampas de pele de zebra me deram uma má impressão da credibilidade do doutor, é que pareceu chimfrim, papagaiado demais, sem contar que as paredes eram de um amarelo muito sem educação para os olhos. Havia uma mulher, não esqueço nunca, estava esperando. Era muito magra por sinal, aposto que não comia, talvez sofresse de anorexia, quem sabe de amor...sei que alguma coisa em sua vida cheirava fome.

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