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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Belzebú me dê aqui um abraço!

O diabo vem comprando nossas almas, bem debaixo do nosso nariz. 
Não venha me punir, todos somos cúmplices.
Você está vendendo a música que eles querem, 
e eu usando tudo que eu sei fazer para convencer números.
Ele não precisa de algo que eu tenho, 
eu é que preciso de algo que ele tem.
No começo, 
bem sabia que poderia ser estranho, 
pode haver uma energia de injustiça no ar... 
mas tudo é tão ideológico, 
fantasia, 
e quem é que queremos enganar, 
se é desse mundo mesmo que fazemos parte?
Descobri numa madrugada qualquer, 
dessas que você pode estar numa festa, 
dessas que você pode estar com insônia, 
Amando, lembrando, dançando ou beijando um desconhecido, 
nós... 
nunca... 
nós nunca fomos anjos! 
Quando eu vi, já não suportava segunda feira.
Quando dei por mim, clamava pela sexta.
Se eu não fizer, alguém irá fazer.
Minhas costas as vezes doem...
Tem umas facas cravadas nelas
Foram eles e elas
As vezes sutilmente eles me odeiam
Outras vezes reconhecem que não há com o que se preocupar
São eles, 
Os dividendos
Os demais vendidos
Nosso time, nosso grupo, nossa...
Ele comprou, e cobra sem serpentes penduradas no pescoço.
Eu pensava que quando fosse, 
se fosse, 
Que haveria mais terror, 
uma dor sem cessar,
uma coisa meio doentia, 
vermelha,
preta, 
cabulosa...
Mas não... 
Belzebú me dê aqui um abraço!
É assim mesmo que são feitos os negócios.
Você mal percebe,
Você gosta até,
Fazemos parte disso. 





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